Os Ministérios de Assistência à Criança de Kyampisi, fundador pelo pastor Peter Sewakiryanga, revelaram que um feiticeiro foi preso durante uma operação intensiva realizada na noite de sexta-feira (15).
O pastor conseguiu salvar um menino de 7 anos.
O homem, que é acusado de sequestrar crianças para rituais de bruxaria, havia matado um menino, filho de uma mãe que já havia perdido outro filho pela prática da feitiçaria.
"O garoto se chamava Wilson, 5 anos, morto com a língua cortada", afirmou a organização em comunicado.
“O primeiro menino desapareceu em 26 de setembro. Nesse caso, a mãe perdeu o segundo e único filho restante também para o sacrifício de crianças”, acrescentaram.
Os Ministérios de Assistência à Criança de Kyampisi observaram que eles tiveram 7 casos relacionados ao sacrifício de crianças em dois meses.
"Continuaremos caçando outras pessoas [envolvidas]. Por favor, ore pela segurança de nossa equipe que conduz a operação", disseram eles.
Relatórios mostraram que crianças e adultos em várias partes de Uganda são sequestrados por feiticeiros que os torturam e frequentemente os matam como parte de um suposto sacrifício espiritual.
Os feiticeiros mutilam as crianças e usam seu sangue, tecido ou órgãos em rituais que prometem trazer proteção, prosperidade e boa saúde aos clientes.
Ex-contador, o pastor Peter Sewakiryanga trabalha no combate a essa prática terrível. Ele começou a fazer campanha contra o sacrifício de crianças há cerca de uma década e dirige os Ministérios de Assistência à Criança Kyampisi.
Sewakiryanga ajuda a reabilitar sobreviventes e aumentar a conscientização sobre a prática, trabalhando com políticos, policiais, promotores e juízes para levar os infratores à justiça.
Recentemente, o pastor resgatou uma menina de 13 anos de idade agora depois de ser sequestrada e trancada por um feiticeiro em Uganda. Ela ficou em cativeiro por uma semana, onde era estuprada diariamente.
Quando resgatada, a vítima foi levada às pressas para o hospital para exame médico aprofundado e depois para um centro de reabilitação para tratamento adicional.
"Para aqueles que foram mortos, trabalharemos com a polícia para encontrar os curandeiros e garantir que eles sejam levados ao tribunal por justiça", disse o pastor na época.
Sewakiryanga diz que sua organização lida com entre 20 e 30 casos confirmados de sacrifício de crianças a cada ano, em média.