Pastor teve libertação negada pela Turquia, mas pregou Evangelho no tribunal

O pastor Andrew Brunson, preso na Turquia desde 2016, teve a possibilidade de ser solto prorrogada para outubro.

Fonte: Guiame, com informações do World Watch MonitorAtualizado: quarta-feira, 18 de julho de 2018 às 15:43
O pastor Andrew Brunson foi preso na Turquia por acusações de terrorismo. (Foto: Reprodução)
O pastor Andrew Brunson foi preso na Turquia por acusações de terrorismo. (Foto: Reprodução)

As esperanças foram frustradas diante da possibilidade de libertação do pastor americano Andrew Brunson, preso na Turquia por acusações de terrorismo. A próxima audiência foi marcada para 12 de outubro.

Durante uma audiência realizada nesta quarta-feira (18), a Turquia poderia libertar Brunson, que está detido desde outubro de 2016. Pastor de uma pequena igreja na cidade de Esmirna, ele é acusado de ter ligações com o clérigo muçulmano Fethullah Gülen, que é culpado pelo golpe contra o presidente Recep Erdogan em 2016. Brunson nega todas as acusações.

A vice-presidente da Comissão Internacional de Liberdade Religiosa dos Estados Unidos, Kristina Arriaga,  acompanhou a audiência desta quarta e condenou as acusações contra o pastor Brunson, pedindo sua libertação imediata.

“O governo da Turquia continua ridicularizando a justiça quando se trata do pastor Brunson. Hoje eu esperava ver o juiz ordenar sua libertação completa e acabar com esse erro. As autoridades turcas ainda não forneceram uma boa razão para privar o pastor Brunson de sua liberdade”, disse ela ao World Watch Monitor.

“A administração Trump e o Congresso dos EUA devem continuar exercendo pressão, incluindo o uso de sanções contra os funcionários ligados a este caso, até que o pastor Brunson seja libertado”, Arriaga garantiu.

O tribunal ouviu depoimentos de quatro testemunhas: três pela acusação e uma pela defesa. Por quase duas horas, ex-membros da igreja testemunharam contra o pastor Brunson, fazendo acusações vagas e infundadas.

Quando o juiz pediu para o pastor responder às testemunhas, ele disse: “Minha fé me ensina a perdoar, então eu perdoo aqueles que testemunharam contra mim”.

Expectativas frustradas

Os defensores de Brunson esperavam um resultado diferente na audiência de hoje, considerando os recentes avanços em nível diplomático. Na última semana, os presidentes Donald Trump e Recep Erdogan estiveram juntos na cúpula da Otan em Bruxelas.

A reunião foi seguida por um telefonema de 15 minutos na segunda-feira (16), no qual o caso de Brunson foi discutido, de acordo com o jornal turco Sabah.

Em abril, Trump expressou uma mensagem de apoio a Brunson no Twitter, dizendo que ele estava “sendo perseguido na Turquia sem motivo”.

No entanto, um ex-membro da oposição do parlamento turco disse ao Al-Monitor que forças do governo estão trabalhando contra Brunson. Aykan Erdemir afirma que os aliados nacionalistas de Erdogan "têm um histórico comprovado de preconceito anticristão e anti-missionário e não receberiam de bom grado a libertação de Brunson".

Bill Campbell, pastor da Igreja Presbiteriana de Hendersonville, participou da audiência e observou a reação de Brunson. “O testemunho de Andrew foi absolutamente poderoso. Ele apresentou o Evangelho com confiança e se defendeu com ousadia. O tribunal permitiu pela primeira vez uma testemunha favorável. Parecia que eles haviam decidido o resultado antes do julgamento”.

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