Após ser solto na Turquia, pastor ora por Trump na Casa Branca

O pastor Andrew Brunson passou mais de dois anos preso na Turquia, devido a falsas acusações de 'terrorismo'.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: segunda-feira, 15 de outubro de 2018 às 13:13
Pastor Andrew Brunson (esquerda) ora pelo presidente dos EUA, Donald Trump. (Imagem: CNN)
Pastor Andrew Brunson (esquerda) ora pelo presidente dos EUA, Donald Trump. (Imagem: CNN)

O pastor Andrew Brunson e sua esposa oraram pelo presidente americano Donald Trump na Casa Branca no último sábado (13), depois que o pastor foi libertado da Turquia, onde permaneceu preso por mais de dois anos.

Brunson disse a Trump que ele e sua família "oram com frequência" pelo presidente dos Estados Unidos e confessou que gostaria de orar por ele no Salão Oval. O presidente respondeu: "Eu preciso disso, provavelmente mais do que qualquer outra pessoa nesta sala, então seria muito bom, obrigado".

Em sua oração, Brunson disse: "Senhor Deus, eu peço que o Senhor derrame o Seu Espírito Santo sobre o presidente Trump. Que o Senhor lhe dê sabedoria sobrenatural para realizar todos os planos que o Senhor tem para este país e para ele. Peço que o Senhor lhe dê sabedoria sobre como liderar este país”.

“Eu peço que Você lhe dê perseverança e coragem para defender a verdade. Eu peço que o Senhor o proteja das calúnias de seus inimigos, daqueles que poderiam miná-lo. Eu peço que o Senhor faça dele um grande líder para este país, com sua sabedoria, força e perseverança, e nós o abençoamos. Que ele seja uma grande bênção para nosso país. Em nome de Jesus, nós o abençoamos. Amém".

A esposa de Brunson, Norine, também seguiu em oração por Trump, acrescentando: "Eu oro para que o Espírito do Senhor esteja sobre o presidente. O Espírito de sabedoria e entendimento, o Espírito conselheiro e de poder, Espírito de conhecimento e temor do Senhor. Amém".

Incluindo Brunson, o governo Trump garantiu até agora a libertação de 19 norte-americanos mantidos injustamente como prisioneiros, em todo o mundo.

"De uma prisão turca para a Casa Branca em 24 horas — isso não é ruim", disse Trump sobre a libertação de Brunson, acrescentando que ele não perguntará se o casal planeja voltar para a Turquia, onde pastoreou uma igreja protestante em Izmir por 25 anos.

Confira (em inglês) o momento no qual o pastor ora por Trump:

Contextualização

Brunson foi preso em outubro de 2016 e acusado de prestar assistência a grupos acusados ​​pelo governo turco de envolvimento em um golpe de Estado fracassado.

Na sexta-feira, o site americano ‘Christian Post’ informou que Brunson havia recebido sua liberdade depois que um tribunal o condenou por se envolver com terrorismo, mas o condenou a uma pena já cumprida.

Brunson poderia ser condenado a 35 anos de prisão pelas falsas acusações de “espionagem” e “terrorismo”. Depois de ser preso por quase dois anos, em julho ele foi mantido em prisão domiciliar e proibido de deixar o país.

Em entrevista ao ‘Cristian Post’ na última sexta-feira, o pastor Bill Devlin, que dirige uma igreja na cidade de Nova York e esteve no julgamento de Brunson em Aliaga, na Turquia, disse que após a longa audiência ter terminado abruptamente, ele e outros apoiadores americanos não entenderam o que aconteceu e, a caminho do estacionamento do tribunal, puderam conversar com os intérpretes.

"Ficamos em estado de choque. Através de nossos tradutores, soubemos que o juiz disse: 'O pastor Brunson é culpado. Nós o sentenciamos a três anos e um mês de prisão. Mas ele está preso há dois anos e uma semana. O tempo foi cumprido. A proibição de está suspensa. Estamos liberando você. Você está livre para ir. A Corte está dispensada", contou Devlin.

Outros norte-americanos que compareceram à audiência incluíram o pastor da Carolina do Norte, Richard White, da Igreja da Comunidade de Cristo em Montreat, Carolina do Norte, eo presidente da FRC, Tony Perkins, comissário da Comissão dos EUA sobre Liberdade Religiosa Internacional. Perkins compartilhou fotos dele no Twitter com os Brunsons quando chegaram à Base Aérea de Andrews, em Maryland.

Um momento memorável do julgamento, Devlin disse, ocorreu durante um recesso de 15 minutos, quando Norine e seu marido conseguiram dar um abraço emocionante, que durou cerca de cinco minutos.

"Foi a imagem do julgamento. Eles apenas se abraçaram. Foi simplesmente um momento emocionante. Todo mundo estava de pé e estava emocionado em olhar para os dois, que somente se abraçavam", disse Devlin.

Depois de deixar a Turquia com Perkins a caminho dos EUA, Brunson e sua esposa foram levados para a Base Aérea de Ramstein na Alemanha, onde foram recebidos pelo embaixador norte-americano Richard Grenell, que deu ao pastor uma bandeira americana dobrada. Em uma foto compartilhada por Grenell no Twitter, Brunson é visto segurando a bandeira firmemente junto ao seu rosto e beijando-a.

Chegando ao fim da tensão

Trump criticou fortemente o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, pela manipulação do caso na Turquia, e acusou a Corte turca de prender um inocente.

Ao lado de grupos de vigilância sobre a perseguição religiosa em todo o mundo, Brunson insistiu que ele era inocente e argumentou que ele estava sendo punido apenas por causa de sua fé cristã.

Erdogan insistiu que Brunson tinha que ser julgado por seu suposto envolvimento em esquemas terroristas. A disputa entre os dois países levou a consequências econômicas para a Turquia, gerando uma grande crise, com a abrupta desvalorização da lira turca.

Erdogan também exigiu que os EUA extraditassem o clérigo islâmico Fethullah Gülen, que a Turquia culpa pelo golpe, em troca de Brunson, mas o governo dos EUA recusou o acordo.

Depois de condenar o governo de Erdogan por encarcerar Brunson por falsas acusações, Trump agradeceu ao presidente turco por libertar o pastor, o que ele disse não ser fácil.

 

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