“Eu sobrevivi porque passei horas em oração”, diz pastor libertado da Turquia

O pastor Andrew Brunson foi libertado da prisão turca na última sexta e foi levado de volta aos EUA.

Fonte: Guiame, com informações do WNDAtualizado: quarta-feira, 17 de outubro de 2018 às 13:52
O pastor Andrew Brunson foi solto da Turquia após mais de dois anos preso sob falsas acusações. (Foto: Reprodução)
O pastor Andrew Brunson foi solto da Turquia após mais de dois anos preso sob falsas acusações. (Foto: Reprodução)

Em uma de suas primeiras entrevistas desde sua libertação da Turquia no fim de semana, o pastor Andrew Brunson afirmou que sua história faz parte de um plano maior de Deus para o Oriente Médio.

“Somos muito gratos às pessoas que oraram por nós”, disse ele nesta terça-feira (16) ao advogado Jay Sekulow, que atua como conselheiro-chefe do Centro Americano para Lei & Justiça.

O pastor de 53 anos, nativo da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, acredita que o impacto das orações ao redor do mundo foi além de sua libertação da prisão. “É como se estivéssemos olhando para um quebra-cabeça do lado debaixo. Um dia, vamos olhar de cima e ver a imagem completa”, ilustrou Brunson.

“Por enquanto não vemos a imagem completa, mas Deus estava fazendo mais do que usar as orações para me libertar da prisão", ele acrescentou. “Acho que Ele estava derramando as orações do povo de Deus para a Turquia e para o Oriente Médio, e haverá uma grande colheita disso”.

Brunson foi preso em outubro de 2016 sob falsas acusações de terrorismo e espionagem pelo regime do presidente Recep Tayyip Erdoğan, que pretendia trocar o pastor por um clérigo muçulmano nos EUA acusado pela Turquia de ser o mentor do golpe fracassado de 2016.

O pastor contou que quando foi preso, ele foi mantido em confinamento solitário por vários dias. “Eu só sobrevivi porque passei horas em oração, apenas para manter minha sanidade”, disse ele a Sekulow.

Mais tarde, ele foi mantido em uma cela com 20 pessoas que tinham capacidade para apenas oito.

Resposta de oração

Na sexta-feira (12), após a libertação do pastor Brunson, o presidente americano Donald Trump disse que não houve “acordo” com a Turquia, como a imprensa havia informado. “Nós conversamos com a Turquia, ele passou por um sistema e nós o retiramos de lá”.

Um tribunal turco condenou Brunson a três anos de prisão na sexta-feira, mas o libertou por causa do tempo que ele já havia passado na detenção. Ele foi levado para fazer exames médicos na Alemanha e chegou em Washington na manhã de sábado, onde se encontrou com Trump e orou pelo presidente no Salão Oval.

Em entrevista à CBS News, Brunson e sua esposa, Norine, disseram que o encontro com Trump foi uma resposta de oração. “Norine teve um sonho onde eu orava pelo presidente. Ela tinha isso em seu coração. Então, antes de irmos para a Casa Branca, oramos juntos e pedimos a Deus que nos desse a oportunidade de orar pelo presidente”, disse o pastor.

“Eu tive um sonho específico, com versículos específicos. Então, quando houve oportunidade, eu sabia exatamente o que eu deveria orar”, disse Norine, citando a passagem bíblica de Isaías 11.

Sekulow, que defendeu Brunson na ação judicial, observou que o documento de acusação indiciou o pastor por “cristianização” dentro de um país de maioria muçulmana.

“Parece bizarro para nós que, liderar uma igreja com cerca de 25 ou 30 pessoas, seria uma ameaça para o governo”, disse Sekulow. “Mas, na opinião das autoridades turcas, eles não estavam brincando quando pensaram que era”.

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