Turquia usa provas falsas para manter pastor preso sob acusação de 'terrorismo'

O pastor Andrew Brunson começou a ser julgado na última segunda-feira, 16.

Fonte: Guiame, com informações da CBN NewsAtualizado: terça-feira, 17 de abril de 2018 às 14:19
Pastor Andrew Brunson está preso na Turquia. (Foto: Clarion Project)
Pastor Andrew Brunson está preso na Turquia. (Foto: Clarion Project)

O pastor norte-americano Andrew Brunson está sendo julgado na Turquia, sob forte perseguição por causa de sua fé cristã. Logo na audiência da segunda-feira (16) - primeiro dia do julgamento - o juiz ordenou um tempo de recesso e enviou Brunson de volta à prisão

"O juiz disse que o julgamento será continuado até 7 de maio e ordenou que o pastor Andrew Brunson retorne à prisão", disse Jay Sekulow, do Centro Americano de Direito e Justiça, em seu podcast. "Ao invés de ser devolvido à prisão, ele foi enviado para uma prisão que é notória por sua superlotação. Com uma capacidade de oito prisioneiros por cela, a prisão mantém cerca de 22 presos por cela".

Sekulow chamou esta última decisão do juiz de "perturbadora" e está convocando a comunidade internacional a continuar lutando pela libertação do pastor.

"As próximas três semanas são fundamentais para aumentar a pressão sobre a Turquia", disse ele.

O pastor Brunson firmou seu posicionamento na segunda-feira e fez o possível para convencer o tribunal a dar-lhe a liberdade. Ele enfrenta uma pena de 35 anos de prisão.

“Eu nunca fiz algo contra a Turquia. Eu amo a Turquia. Eu tenho orado pela Turquia há 25 anos. Quero que a verdade seja revelada”, disse Brunson ao tribunal, segundo a Reuters. “Eu não aceito as acusações mencionadas na acusação. Eu nunca estive envolvido em atividades ilegais ".

A assessora sênior da ACLJ, Cece Heil, disse à CBN News que o governo turco está usando testemunhos falsos e testemunhas anônimas para construir um processo contra o pastor.

"Segundo o Sr. Cem Halavurt (advogado turco que representa o pastor Brunson), a Turquia recorreu a testemunhos falsos de testemunhas secretas, afirmando no recente relatório de interrogatório que 'esta é uma daquelas operações que todos testemunham em muitas investigações dentro da Turquia em um sistema judicial com dados digitais falsos e declarações dirigidas por testemunhas secretas. Vimos claramente que uma operação semelhante já foi iniciada contra o meu cliente", relata Heil, citando o advogado.

A ACLJ encoraja os crentes a assinarem uma petição online, que exige a libertação do pastor.

Sam Brownback, Embaixador pela Liberdade Religiosa Internacional dos Estados Unidos, compareceu ao julgamento e disse que o governo Trump continuará lutando pela libertação do pastor.

"O governo dos EUA está profundamente preocupado com este caso. Acreditamos completamente que ele é inocente. Andrew Brunson é inocente. Estamos esperançosos de que o sistema judicial descubra que será libertado em breve", disse Brownback.

A Turquia acusa o pastor nativo da Carolina do Norte, de 50 anos, de ajudar a orquestrar um golpe que teria ameaçado a liderança do presidente Recep Erdoğan em 2016.

A acusação de 62 páginas também acusa o pastor de cometer um ato de terrorismo por ter pregado o evangelho no pais de maioria muçulmana.

"A Turquia assumiu literalmente a posição de que evangelizar é um ato de terrorismo", disse Heil. "Eles não têm nenhuma evidência específica de que o pastor Brunson tenha cometido algum crime. O fato dele ser cristão, e especificamente pastor cristão, é o que eles estão equiparando ao terrorismo".

Um grupo de cristãos se reuniu do lado de fora dos portões da Casa Branca na última segunda-feira (16) para orar por sua libertação e protestar contra seu cativeiro.

"Hebreus 13:3 diz isto: 'Lembrai-vos dos presos, como se estivésseis presos com eles, e dos maltratados, como sendo-o vós mesmos também no corpo", disse o Rev. Pat Mahoney, diretor da Christian Defense Coalition, à CBN News.

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