O pastor John (nome fictício por razões de segurança) faz parte do grupo que abandonou a guerrilha na Colômbia para seguir a Cristo.
Segundo ele, essa é uma decisão cujo custo é a perseguição. Ele conta que, com apenas 16 anos, já ingressou no grupo guerrilheiro Black Eagles e cumpria tarefas como cometer assassinatos, extorquir pessoas e criar rotas de fuga em Tumaco, sua cidade natal.
Tudo parecia normal e até rotineiro para ele: “Eu era temido em minha cidade pela agressividade nos homicídios. Eu zombava da morte das minhas vítimas”, revelou.
John conquistou posições de confiança na máfia e foi preso cinco vezes por causa dos crimes cometidos. E foi na prisão que ele ouviu o Evangelho e foi transformado por Jesus.
‘Prisões são campos missionários’
De perseguidor a perseguido, John passou a enxergar a prisão com outros olhos: “Prisões colombianas são campos misisonários”, diz o pastor ao afirmar que é preciso ter coragem para levar o Evangelho aos lugares mais perigosos.
John explica que seus ex-companheiros de guerrilha não compreendem sua decisão. Com sua conversão, a máfia perdeu um de seus guerrilheiros, mas o país ganhou um cidadão justo para lutar contra o crime e a violência e o Reino de Deus ganhou um guerreiro para abrir as portas do caminho eterno aos perdidos.
“É por esse motivo que John e outros cristãos são perseguidos”, explica a Portas Abertas.
Aumento da perseguição na América Latina
Apesar de ser um país de maioria cristã, a Colômbia ocupa a 22ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2023.
Os grupos armados colombianos e líderes indígenas abusam do poder e oprimem as comunidades cristãs nas áreas rurais do país que estão fora do controle do governo central.
No contexto de violência e injustiças, as guerrilhas são o caminho que jovens encontram para obter riquezas e vingança. No entanto, mesmo nos locais mais inóspitos, o Evangelho tem alcançado e transformado vidas.
Vale também lembrar que a perseguição aos cristãos aumentou muito na América Latina, onde 1 a cada 15 cristãos já experimentam hostilidade, violência, prisões e torturas.
Além da Colômbia, já fazem parte da Lista da Perseguição, México, Cuba e Nicarágua.