Em fevereiro de 2015, o mundo se chocou com as cenas macabras da decapitação de 21 cristãos coptas, em uma praia da Líbia, divulgadas pelo Estado Islâmico em um vídeo. Porém a história de um deles em particular está chamando a atenção de muitas pessoas, após ter sido compartilhada por um líder copta na Cúpula Mundial em Defesa dos Cristãos Perseguidos, relizada recentemente pela Associação Evangelística de Billy Graham.
Segundo o relato - divulgado na internet pelo Dr. Michael Brown, colunista dos sites cristãos Charisma News e Christian Today - um daqueles mártires na verdade era natural do Chade e tinha entregue sua vida a Cristo exatamente no dia de sua decapitação.
"Embora esta história foi relatada anteriormente, eu não tinha ouvido antes desta semana. Mas na Cúpula Mundial em Defesa dos Cristãos Perseguidos, realizada nesta semana, pela Associação Evangelística de Billy Graham, que eu tive o privilégio de assistir, um líder copta compartilhou o relato. É uma notável história e mais um tributo à fé desses coptos martirizados", contou Brown, que possui um Ph.D. Em Línguas e Literaturas do Próximo Oriente pela Universidade de Nova York e tem servido como professor em vários seminários.
Todos os 21 homens estavam trabalhando na Líbia quando foram sequestrados pelo Estado Islâmico. Mas como pode ser visto em fotos onde eles estão alinhados na praia para ser morto, um deles tinha a pele mais escura e características faciais diferentes. Este era o homem nascido no Chade, que não teve o seu nome revelado.
Naquela ocasião, os cristãos coptas tiveram a opção de negar Jesus ou morrer. Todos se recusaram a negá-Lo, mesmo sabendo que esta atitude lhes custaria a vida.
Quando os terroristas ordenaram ao homem de Chade que negasse a Jesus ou morreria, ele respondeu: "O Deus deles é o meu Deus", selando assim o seu destino.
"Foi em tal intensidade que ele se sentiu encorajado pela fé daqueles cristãos. A recusa deles em negar seu Salvador, mesmo no momento da morte - literalmente, com uma faca em suas gargantas - levou-o a fazer uma profissão de fé naquele momento, que lhe custaria a cabeça também. Podemos entender a intensidade desta história?", refletiu o autor cristão.
Brown comentou que aquele homem não era cristão até aquele momento e que em uma maneira "lógica", seria mais fácil para ele atender à exigência dos terroristas.
"Tudo o que ele tinha a dizer era 'Eu não acredito em Jesus' ou 'Jesus não é o Filho de Deus', e ele poderia sair dali um homem livre", disse o autor. "Ele estaria com sua família novamente. Ele não morreria de forma tão brutal. Ele viveria para ver outro dia".
"Quantos cristãos seriam terrivelmente tentados sob tais circunstâncias? Quantos hesitariam e, nesse momento, negariam seu Senhor, apenas para evitar a decapitação?", questionou Brown. "No entanto, aquele homem, que antes não era um seguidor de Jesus, ficou tão comovido com a dedicação daqueles cristãos que ele se tornou um deles naquele local".
"Vão em frente. Podem me decapitar", disse aquele novo convertido, segundo o relato. "O deus de vocês não é meu Deus. O Deus deles sim, é o meu Deus".
Michael Brown destacou que, apesar de extrema, a história daquele homem é um bom exemplo do poder do Evangelho.
"Esse é o poder do evangelho, e é assim que vencemos Satanás, não amando nossas vidas até a morte (Apocalipse 12:11)", destacou. "É por isso que essa história precisa ser contada e recontada até que a fé desses mártires se torne nossa fé, até que as pessoas olhem para nossas vidas e digam: 'O teu Deus é o meu Deus, o que quer que venha em meu caminho".