O governo do Tajiquistão anunciou que não irá mais registrar igrejas, durante uma reunião com líderes protestantes, no final de maio.
A notícia é preocupante para a Igreja no país, já que sem o registro estatal, toda atividade religiosa é considerada ilegal e passível de punição.
Segundo a legislação do Tajiquistão, país de maioria muçulmana, cristãos que participam de igrejas não reconhecidas pelo governo, podem ser multados em até meses de salários.
Em janeiro deste ano, um grupo de crentes foi multado por exercer sua liberdade religiosa sem a permissão do Estado.
Além disso, as autoridades anunciaram que menores de 18 anos estão proibidos de participarem de qualquer atividade da igreja, incluindo retiros, e que não possuem direito à liberdade de crença.
Com a nova medida, não será possível iniciar novas igrejas ou denominações.
Um cristão relatou que conhece cerca de 20 congregações que não possuem registro. De acordo com a lei, essas igrejas não podem realizar cultos.
“Nós nos reunimos para adoração sem registro, mas temos medo de que as autoridades possam nos punir a qualquer momento”, revelou um crente, à Portas Abertas.
Avançando em meio a perseguição
Apesar da nova lei ser um golpe na liberdade religiosa no Tajiquistão, os cristãos no país permanecem firmes em Jesus e envolvidos na evangelização.
“A boa notícia é que, apesar de todas as proibições, a igreja no Tajiquistão está crescendo em número e, se Deus quiser, continuará a crescer. Hoje, há muitos jovens envolvidos no trabalho evangelístico e a Boa Nova está se espalhando”, testemunhou um líder tajiqui.
E pediu: “Por favor, ore por nós. Se eles vão registrar igrejas ou não, para que permaneçamos fiéis ao nosso Senhor Jesus Cristo e continuemos sua obra enquanto vivemos”.
O Tajiquistão ocupa o 45° lugar na Lista da Perseguição 2022 da Portas Abertas de países mais difíceis para ser um cristão.