Um grupo de nove cristãos ex-muçulmanos que foi preso no Tajiquistão foi libertado após permanecer dois dias em uma delegacia sob intenso regime de interrogação. Durante o período eles foram questionados diversas vezes sobre o fato de estarem evangelizando.
Os cristãos foram detidos por evangelizarem em uma região onde as tradições islâmicas são muito fortes. Eles estavam a caminho de uma vila remota, quando foram presos. Os policiais pegaram os documentos e celulares de todos do grupo, além de os levarem para interrogatório.
Enquanto estavam presos, o chefe do departamento de polícia da região decidiu deportar sete dos nove cristãos. Eles têm origem de países da Ásia Central e seriam expulsos do país. Além disso, eles não teriam mais a permissão para voltar ao país durante anos.
Mas, após os interrogatórios, o grupo foi informado que não seria mais expulso do país. Apesar disso, eles terão de deixar o país o mais rápido possível. Todos eles, incluindo os dois cristãos tadjiques, receberam uma multa de 900 dólares, equivalente a cerca de 3.500 reais.
Apesar de terem sido multados, todos os nova cristãos foram soltos e de acordo com fontes locais, eles não foram agredidos.
Já os sete cristãos da Ásia Central foram direcionados para a capital do Tajiquistão e em seguida devem ir para seus países de origem. A Portas Abertas informa que a atitude das autoridades do Tajiquistão é resposta das orações globais pela igreja perseguida. "O resultado dessa situação poderia ser muito pior, mas Deus opera, agindo sempre da melhor forma", disseram.
Cenário conflituoso
O Tajiquistão ocupa o 22º lugar na lista de países onde os cristãos mais sofrem perseguição, de acordo com a Portas Abertas. O país continua a depender da Rússia, tanto do ponto de vista econômico como militar. Sem assistência russa, o Tajiquistão é vulnerável às invasões do Afeganistão.
Assim como em outros países da Ásia Central, o governo do Tajiquistão toma cada vez mais um poder totalitário e ditatorial. Sabe-se que a oposição política foi banida. O governo aumentou o nível de vigilância das comunidades religiosas e estreitou a liberdade religiosa pela legislação.
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