"Chorei pedindo a Deus por um bebê e Ele me deu dois", testemunha mãe com trombofilia

Silmara Marques comemorou seu primeiro Dia das Mães com seus “bebês milagres”, após 10 anos tentando engravidar.

Fonte: Guiame, com informações de G1 Atualizado: segunda-feira, 9 de maio de 2022 às 19:47
Silmara Marques comemorou seu primeiro Dia das Mães no domingo (8). (Foto: Arquivo pessoal).
Silmara Marques comemorou seu primeiro Dia das Mães no domingo (8). (Foto: Arquivo pessoal).

No domingo (8), Silmara Kelly Marques, de Bertioga, no litoral de São Paulo, comemorou seu primeiro Dia das Mães com o seu casal de gêmeos recém-nascidos, após 10 anos tentando engravidar e sofrer três abortos.

Ao G1, a mãe de 35 anos, contou a emoção de celebrar a data com seus “bebês milagres”. “Deus nos escolheu a dedo. Nunca imaginei que eu seria mãe de gêmeos e naturalmente ainda”, disse ela.

Segundo Silmara, ela e o esposo não tiveram dificuldades para engravidar no início das tentativas. “Com três anos de casados eu parei de tomar o anticoncepcional e depois de um mês já consegui engravidar”, relatou.

Porém, tudo mudou no primeiro ultrassom, que mostrou que não havia batimentos cardíacos no útero. Na ocasião, o médico informou que só havia o saco gestacional e que Silmara sofreria um aborto instantâneo.

Nas gestações seguinte, a mulher que sonhava em ser mãe, teve trombofilia, uma condição que aumenta o risco de abortos durante a graidez, e perdeu mais dois bebês.

“Na primeira gravidez tive uma trombofilia gestacional. Na segunda vez, foi nas trompas, porém não chegou a desenvolver a trombose completa. A terceira e última vez, eu tive um sangramento e um aborto espontâneo”, explicou a mãe.

Depois de passar três vezes pelo trauma de perder um bebê, Silmaria diz que pensou em desistir de engravidar. 

“O último aborto foi há dois anos. Nessa época, o bebê sequer se desenvolveu. Eu comecei a sangrar e fui para o hospital. Quando saí da maternidade, queria desistir de tentar engravidar, mas sabia que não conseguiria”, revelou.

Ela contou que no Dia das Mães de 2020 passou por um momento difícil, quando a empresa onde trabalha fez uma homenagem pela data, enquanto ela recém tinha passado por um aborto instantâneo.

“Eu comecei a chorar e liguei para a minha mãe. Achei que Deus não queria que eu fosse mãe e que minha hora nunca iria chegar”, lembrou.

“Bebês milagres”


Silmara Marques comemorou seu primeiro Dia das Mães no domingo (8). (Foto: Arquivo pessoal).

Após 10 anos de tentativas, em 2021, Silmara e o marido descobriram a quarta gravidez. Para ela, a notícia foi um misto de medo e alegria. “Meu maior trauma era o ultrassom. Sempre que ia fazer o exame, não tinha bebê, nem batimentos. Não tinha nada”, confessou.

Mas, desta vez, Silmara pode ouvir os batimentos cardíacos em sua barriga e ainda teve uma grande surpresa. “Quando o médico me perguntou se eu e meu marido tínhamos gêmeos na família, já ficamos em choque. Foi a primeira vez que eu escutei os batimentos dos meus bebês”, disse.

Logo no início, a gestação foi considerada de alto risco e Silmara passou a fazer tratamento com medicamentos, devido ao histórico de trombofilia, pressão alta e sobrepeso. Com 34 semanas, o casal de gêmeos nasceu de cesariana.

“Foi inexplicável. Fiquei sem palavras só de saber que meus bebês estavam comigo. Quando lembro de tudo o que passei, choro de emoção. Já chorei pedindo para Deus por um bebê e Deus me deu dois. Às vezes, nem eu acredito”, celebrou a mãe.

Os gêmeos, agora com dois meses, estão saudáveis e Silmara está aproveitando cada momento da maternidade. Ela ainda contou que faz orações diárias para proteção de sua família.

“Dar banho, trocar de roupa, acordar de madrugada, tudo inexplicável. O que eu estou vivendo ao lado dos meus bebês e do meu marido é maravilhoso”, finalizou.

 

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