Um colar de ouro de 1.300 anos, que seria de uma das primeiras líderes cristãs, foi encontrado por arqueólogos, na Inglaterra.
A joia foi achada em um cemitério da vila de Northamptonshire, em Midlands, em abril deste ano. Também foi encontrada uma cruz ornamentada com pedras preciosas.
De acordo com o Museu de Arqueologia de Londres (MOLA), se acredita que os objetos pertenciam a uma mulher cristã do século VII, que foi enterrada no local.
Ela pode ter sido uma das primeiras líderes femininas da história do cristianismo, conforme especialistas.
O colar e a cruz datam de 630 a 670 d.c. A joia foi chamada de “Tesouro Harpole" e se acredita que o colar tenha sido de cor vibrante, com um pingente com desenho de cruz.
"O colar é composto por um número impressionante de pingentes. Há moedas romanas de ouro, pedras semipreciosas incrustadas em ouro e pingentes de vidro decorados incrustados em ouro. Junto com eles estão vários espaçadores de contas de ouro que espaçavam os pingentes no colar”, afirmou Katherine Newton, diretora de comunicação do Museu, em um relatório.
Levente-Bence Balázs, supervisor do MOLA, relatou: “Quando os primeiros reflexos de ouro começaram a emergir do solo, sabíamos que isso era algo significativo. No entanto, não imaginávamos o quão especial isso seria".
Achados arqueológico mais importante dos últimos anos
Para os responsáveis pela escavação, os achados arqueológicos, que ficarão sob posse da Inglaterra, foram os mais importantes dos últimos anos.
"Esta é uma descoberta tão importante. Era importante para nós fazer a coisa certa e garantir que eles estivessem protegidos por muitos anos. É uma descoberta incrível”, afirmou Daniel Oliver, diretor técnico envolvido nas escavações.
Segundo Lyn Blackmore, especialista do Museu de Arqueologia, o colar e a cruz revelam a riqueza e a fé da sua dona.
"Uma declaração definitiva de riqueza, bem como de fé cristã", comentou Blackmore. "Ela era extremamente devota, mas era uma princesa? Ela era uma freira? Ela era mais do que uma freira, uma abadessa? Não sabemos”.
O Museu de Londres informou que nenhum resto humano foi encontrado no local da escavação.