A Coreia do Norte prendeu mais um cristão americano por suspeita de "atos hostis" à medida que as tensões aumentam entre os dois países. qua trabalhou na Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang (PUST) e anteriormente se descreveu como um missionário cristão, segundo a Reuters.
Ele foi para o país, considerado o pior lugar do mundo para um cristão viver, pela lista de perseguição contra cristãos, publicada pelo ministério Portas Abertas. Ele havia ido para a Coreia do Norte para iniciar uma fazenda experimental na universidade, a fim de ajudar as pessoas a se tornarem auto-suficientes na alimentação.
Ele foi detido no sábado e "uma instituição relevante" estava "conduzindo uma investigação detalhada" sobre os supostos crimes de Kim Hak-song, informou a agência de notícias estatal KCNA, da Coreia do Norte. Nenhum outro detalhe sobre sua prisão ou condição foi dado.
A PUST foi fundada por um empreendedor cristão evangélico, em 2010 e ensina principalmente a elite da Coreia do Norte. Muitos dos professores são estrangeiros. O estado de Washington disse estar “ciente dos relatos de que um cidadão americano foi detido na Coreia do Norte” e que iria manter contato com Pyongyang.
Outras prisões
A Coreia do Norte está em uma série de detenções e Kim Hak-song é o quarto cidadão dos EUA atualmente detido pelo país. Kim Sang Dok, outro cidadão americano que ensinava na mesma universidade cristã, foi detido em abril, de acordo com a mídia estatal.
Os outros dois americanos já presos na Coreia do Norte são Otto Warmbier, um estudante de 22 anos, e Kim Dong Chul, um missionário coreano-americano de 62 anos. Warmbier foi detido em janeiro de 2016 e condenado a 15 anos de trabalho forçado por tentar “roubar uma bandeira de propaganda”.
Dois meses depois, Kim Dong Chul foi condenado a 10 anos de trabalho duro por subversão. Nenhum deles apareceu em público desde que foram condenados.
A detenção ocorreu em um período onde as tensões na península coreana são fortes, impulsionadas pela retórica de Pyongyang e Washington sobre a busca de armas nucleares em resposta ao que diz ser uma ameaça de guerra instigada pelos EUA.