Um pastor do Texas, natural do Iraque, está encorajando a Igreja a ministrar o Evangelho aos refugiados. Ele afirma que "Deus está enviando as nações aqui". Jalil Dawood, pastor da Igreja Árabe de Dallas e fundador da World Refugee Care, tem alertado sobre a importância de não ignorar os que sofrem perseguição religiosa.
"Há muita falta de informação sobre como lidar com os refugiados", disse em uma recente entrevista para o site The Christian Post. Ele comentou sobre sua jornada como refugiado, história que ele relata em seu novo livro. "Deus quer que possamos alcançar essas pessoas", enfatizou.
O pastor acredita que a perseguição que os refugiados têm passado estão os levando para um encontro real com Jesus. "Há cerca de 65 milhões de refugiados em todo o mundo e há muito trabalho a ser feito por esse povo", disse ele. Para o líder, Deus está permitindo a crise para um propósito maior. "O Senhor permitiu que isso acontecesse por uma única razão: que as pessoas o conheçam e que elas sejam salvas. É esse o propósito do que está acontecendo no mundo", ressaltou.
A Igreja Árabe de Dallas é composta por refugiados do Iraque, Jordânia, Egito e outras áreas. O pastor afirma: "O dever da igreja é diferente do dever do governo. O dever e o chamado do governo é proteger você e eu. O papel da igreja é alcançar e compartilhar o Evangelho e amar o inimigo e fazer o bem. Então, amar o inimigo é realmente a parte da igreja".
De refugiado e pastor
Em 1982, no meio da brutal guerra Irã-Iraque, Dawood, que tinha 18 anos na época, conseguiu escapar e chegou a Roma com a intenção de conseguir viver como refugiado nos Estados Unidos, como dois de seus irmãos haviam feito anteriormente. Embora tenha sido criado em uma família cristã tradicional em Bagdá e de ser perseguido como infiel no Iraque de Saddam Hussein, ele nunca havia se sentido como se tivesse uma conexão real com Deus.
Apesar disso, Dawood teve um encontro inesperado com o Senhor em Roma quando ouviu um americano chamado Steve compartilhar o Evangelho em um clube onde ele estava aprendendo inglês. Ele acabou ficando em um estudo da Bíblia onde ouviu a mensagem evangélica claramente pela primeira vez em sua vida e aceitou o Senhor. Steve e sua esposa, Marilyn, finalmente o discipularam e se tornaram familiares. O casal orou por ele quando Dawood foi aprovado para entrar nos Estados Unidos.
Dawood ficou chocado sobre como ele poderia ouvir um americano falando sobre Deus porque sempre considerou a América como um lugar sem Deus. Essas crenças foram reforçadas pela imoralidade que via em filmes americanos e as mensagens que ele recebia dos seguidores de Saddam Hussein. Tais mentalidades e estereótipos ainda são bastante prevalentes no Iraque.
"E minha história não é única", disse Dawood. "Minha história hoje é fazer com que as pessoas saibam que Deus está vivo e Ele está trabalhando e precisamos nos juntar ao Seu movimento. E o movimento dEle é que as pessoas venham aqui para pregar aos refugiados na Europa ou no Oriente Médio", finalizou.