O "twitaço" liderado pelo pastor Silas Malafaia no último final de semana ainda está "ecoando" no cenário político nacional. Após a retirada de trechos que apoiavam questões como o casamento gay do site oficial do PSB, Dilma Roussef (PT) tentou agradar os evangélicos e conter o avanço de Marina Silva, com a inclusão de propostas, como a Lei Geral das Religiões.
O projeto havia sido proposto em 2009, mas está há mais de um ano parado na Comissão de Assuntos Sociais no Senado. A ideia seria desengavetar esta proposta e dar a ela, "status de urgência".
A proposta favorece igrejas evangélicas e outras organizações religiosas, com benefícios tributários já concedidos à Igreja Católica.
A ideia era questionar a candidata Marina Silva (PSB) sobre os seus posicionamentos em relação a questões, como o casamento gay - anteriormente apoiado em trechos do programa de governo apresentado no site oficial de seu partido. Após 24 horas de intensas postagens sobre o assunto, os trechos foram retirados do site do PSB.
Contextualização
O que muitos eleitores (cristãos ou não cristãos) podem vir a questionar com esta atitude de Dilma Rousseff é até onde poderia ir este "apoio" aos evangélicos.
Exemplo disto, é a intenção de proibir que a religião seja usada como ferramenta na recuperação de dependentes químicos em comunidades terapêuticas.
A iniciativa foi duramente criticada pelo senador Magno Malta, que apoiou a líder petista em 2010 e se decepcionou após o descumprimento de algumas promessas. Confira no vídeo abaixo:
Nas eleições 2010, diversas igrejas apoiaram a petista mediante a promessa de que ela não iria dar prosseguimento pessoalmente a propostas como legalização do aborto e apoio ao casamento gay.
Já em 2014, a aprovação de uma lei que tornaria legais procedimentos abortivos em situações específicas, sendo estes custeados pelo governo (SUS). A atitude gerou grande polêmica e reação popular de cristãos contra a medida - que fez que a governante voltasse atrás em sua decisão.