Esposa de pastor perseguido é liberta de prisão no Irã

O pastor Matthias e um membro da igreja doméstica continuam detidos na prisão Lakan.

Fonte: Guiame, com informações de Portas AbertasAtualizado: terça-feira, 7 de fevereiro de 2023 às 15:32
Anahita, esposa do pastor Matthias. (Foto: Article 18)
Anahita, esposa do pastor Matthias. (Foto: Article 18)

Na noite de 26 de dezembro, Anahita que é esposa do pastor iraniano Abdolreza Ali-Haghnejad (conhecido por Matthias) foi presa enquanto participava de uma reunião de Natal. A prisão aconteceu em Bandar Anzali, no Norte do Irã.

Na ocasião, o pastor foi preso primeiro e, logo em seguida, Anahita e dois membros da igreja doméstica, Amir e Masoud também foram levados.

De acordo com a Portas Abertas, nesta semana, Anahita foi liberta após pagar uma fiança de aproximadamente 4 mil dólares (equivalente a mais de 20 mil reais).

Mesmo assim, ela continua sendo acusada de “propaganda contra o sistema de governo” e “perturbação da ordem pública". Ela ainda enfrentará as acusações em liberdade, segundo o portal de notícias Middle East Concern.  

Perseguição intensa aos cristãos no Irã

No caso do pastor Matthias e Masoud, continuam detidos. Eles permanecem na prisão Lakan, próxima à cidade de Rasht e precisam de ajuda em oração, conforme destaca a organização. Amir também pagou fiança e já está livre.

“Agradecemos pelas orações por Anahita. A cristã foi recebida com muita alegria por amigos cristãos ao sair da prisão e espera ver o marido e os irmãos na fé livres em breve”, escreveu. 

Presos por várias vezes

Em 2021, Mathias foi um dos nove convertidos absolvidos pela Suprema Corte de uma sentença de 5 anos de prisão por “propagar o cristianismo”. O veredito foi considerado inédito. 

No entanto, apenas duas semanas após sua libertação sob fiança, Mathias foi preso novamente e condenado a cumprir uma sentença anterior de seis anos pela mesma acusação, embora essa sentença tenha sido anulada com sucesso através de apelação em 2014.

Anahita também já foi presa antes e estava entre os 11 convertidos acusados ​​há mais de uma década por “apostasia”, antes de serem absolvidos após duas fatwas (decretos religiosos) dos principais aiatolás Safi Golpaygani e Yousef Saanei.

O motivo das últimas prisões não é conhecido e também não se sabe se as acusações são oficiais ou não. 

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