Pastor perseguido desde 2006 é preso novamente no Irã

Na mesma noite também foram presos dois membros da igreja e a esposa de Mathias foi detida uma semana depois.

Fonte: Guiame, com informações de Artigo 18Atualizado: quarta-feira, 11 de janeiro de 2023 às 12:39
Abdolreza Ali-Haghnejad (Mathias). (Foto: Reprodução Artigo 18)
Abdolreza Ali-Haghnejad (Mathias). (Foto: Reprodução Artigo 18)

O pastor iraniano Abdolreza Ali-Haghnejad, de 49 anos, conhecido como Matthias, foi preso novamente no dia 26 de dezembro, enquanto participava de uma reunião para comemorar o Natal. A prisão aconteceu em Bandar Anzali, no Norte do Irã.

O pastor, que já cumpre uma pena de seis anos por suas atividades religiosas, estava livre da prisão desde julho de 2022. 

Na mesma noite de sua prisão, dois membros da igreja também foram presos, Amir e Masoud. Uma semana depois, a esposa de Abdolreza também foi detida. 

De acordo com informações do Artigo 18 — organização que protege e promove a liberdade religiosa no Irã — os cristãos foram levados para a prisão de Lakan, nas proximidades de Rasht.

Perseguição

Antes de ir para a prisão, Matthias foi levado para sua casa e teve seus objetos pessoais revistados, incluindo laptops. Tudo o que era relacionado ao cristianismo foi confiscado.

Mas essa não é a primeira vez que Matthias é preso por autoridades iranianas, ele é perseguido desde 2006 e já foi levado por policiais diversas vezes. 

No caso de sua esposa Anahita, primeiro foi intimada para interrogatório nos escritórios de inteligência em Bandar Anzali, onde também foi presa e transferida para Lakan, uma semana depois de seu marido.

Idas e voltas da prisão

Em 2021, Mathias foi um dos nove convertidos absolvidos pela Suprema Corte de uma sentença de 5 anos de prisão por “propagar o cristianismo”. O veredito foi considerado inédito. 

No entanto, apenas duas semanas após sua libertação sob fiança, Mathias foi preso novamente e condenado a cumprir uma sentença anterior de seis anos pela mesma acusação, embora essa sentença tenha sido anulada com sucesso através de apelação em 2014.

Anahita também já foi presa antes e estava entre os 11 convertidos acusados ​​há mais de uma década por “apostasia”, antes de serem absolvidos após duas fatwas (decretos religiosos) dos principais aiatolás Safi Golpaygani e Yousef Saanei.

O motivo das últimas prisões não é conhecido e também não se sabe se as acusações são oficiais ou não. Amir já foi libertado sob fiança, mas Matthias, Anahita e Masoud continuam detidos.

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