A notícia de que a presidente Dilma Rousseff (reeleita no último domingo) escolhera o deputado Jean Wyllys (PSOL) como seu aliado nesta campanha por uma possível influência entre os jovens tem repercutido na mídia desde a semana passada. Nas mídias sociais, jovens de diversas partes do Brasil têm se manifestado contra a decisão de Dilma Rousseff e também contra as palavras proferidas pelo parlamentar que representa o movimento LGBTT na Câmara Federal.
Entre tantos jovens que se manifestaram com a hashtag "#JeanWyllysNaoMeRepresenta" - que liderou a lista de assuntos mais falados nesta terça-feira, 28/10 -, a cantora e compositora Marcela Taís postou hoje em seus perfis oficiais do Facebook e Twitter, palavras de protesto contra o parlamentar e a decisão de Dilma Rousseff (PT).
"A presidente Dilma nomeou o deputado Jean Willys (ex-big brother e principal defensor da legalização da maconha, do aborto e ditadura gay) para representar a Juventude Brasileira. Você concorda em ser representado por ele? Eu não! Temos que usar as armas que temos: Orar pelo País, mas não deixar de expressar nossa opinião", escreveu.
A cantora também lembrou que Wyllys já disparou palavras ofensivas contra o cristianismo. O parlamentar chegou a afirmar que "a Igreja é um circo e a Bíblia é uma piada".
"Eu estava on-line, vi o exato momento que ele postou, fui a 1ª comentar, porque vocês acham que ele apagou? Aí está a resposta, ele percebeu que causaria muita polêmica e poderia ser processado e APAGOU LOGO EM SEGUIDA. Ele mente quando diz que nunca postou, simples assim. Só p/ esclarecer os comentários desinformados", destacou.
O cantor e pastor André Valadão também aderiu ao movimento e expressou sua opinião sobre as atitudes que Wyllys tem tomado.
"#JeanWyllysNaoMeRepresenta Tenho TODO direito de descordar da nomeação. Tenho TODO direto de me expor. E ele em NADA me representa. NADA. Ele prega um pensamento e filosofia de vida onde tudo é permitido, nada está "errado", vale tudo. #EuSigoABiblia", postou.
"Recado"
Após a convocação feita pela petista - que assegurou que irá "abraçar a causa do movimento gay" -, Jean Wyllys fez uma postagem nas redes sociais, chamando de "fundamentalistas" os deputados e líderes evangélicos que lutaram contra projetos como o PLC 122 e outros projetos que atentavam contra a família.
Em um trecho da postagem, Jean Wyllys mistura homofobia, racismo e até perseguição religiosa.
"Os fundamentalistas tentam desconstruir todos os projetos e pautas voltadas para a garantia de direitos das minorias e grupos sociais difamados (negros, mulheres, moradores de periferia, LGBTs, adeptos de religiões de matriz africana, pessoas com deficiências ou com doenças raras, etc.), distorcendo o conteúdo de propostas legislativas apresentadas por mim e que formam parte dos compromissos programáticos que a presidenta Dilma concordou comigo em assumir", disse.
Depois, o deputado ainda dirigiu ataques novamente ao Pastor Silas Malafaia, chamando-o de "MAL-afaia".
"Desculpa aí, MAL! Eu estou apoiando a campanha da Dilma e ela assumiu compromissos programáticos, sim! Não para mim, mas para o bem do povo. E tem mais: ela vai vencer!Aceite que doi menos", disparou.
Wyllys também direcionou recentemente, comentários ofensivos à psicóloga Marisa Lobo e afirmou que os "jovens fundamentalistas e fanáticos não o têm apoiado".
"A 'psicóloga-cristã' leu — e não entendeu (certamente tem problemas cognitivos) — uma matéria do Terra que comentava minha participação num comício com Dilma e Lula em Itaquera. A matéria especulava sobre o impacto que meu apoio à reeleição da presidenta poderia ter entre os eleitores jovens (excetuando, claro, a juventude fanática e fundamentalista religiosa que compõe o rebanho de Má Raposo e MAL-AFAIA; esta, óbvio, não votaria em Dilma)", escreveu.
Histórico
Jean Wyllys foi eleito pela primeira vez como deputado federal pelo PSOL, no Rio de Janeiro, em 2010.
A quantidade de votos que conseguiu foi a menor do Estado. (13.016, que correspondeu a apenas 0.2% dos votos válidos), porém Jean conseguiu assumir a vaga, graças ao desempenho do deputado federal Chico Alencar (PSOL), que conquistou 240.671 votos (3%).
Por João Neto - www.guiame.com.br