No próximo domingo (5), será celebrado o Dia de Pentecostes, que marca a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos e outros seguidores de Jesus, enquanto eles estavam reunidos em Jerusalém durante a Festa das Semanas.
O pastor Joel Engel explicou o significado do Pentecostes e a ligação com “Shavuot”, também chamada de Festa das Primícias, que é celebrada na mesma data. “O Pentecostes muda a nossa realidade. É Deus, que é a luz, entrando em nossas trevas”, disse ele no culto de terça-feira (31).
Engel ensina que a Festa das Semanas é estabelecida em Deuteronômio 16:9-10, que orienta como o povo deve adorar a Deus no tempo da colheita: “Tragam uma oferta voluntária conforme às bênçãos recebidas do Senhor, do seu Deus.”
O pastor então faz um paralelo entre a oferta do povo e a oferta de Deus, destacando: “Não há Pentecostes sem Jesus. Jesus é a oferta de Pentecostes. Primeiro a oferta sobe, depois o fogo desce. Primeiro Jesus é sacrificado, depois vem o Pentecostes. Esse é o processo de Deus.”
O fogo de Deus
O primeiro Shavuot aconteceu no momento em que Deus deu a Lei a Moisés, no Monte Sinai. A Bíblia relata que Deus falou os mandamentos ao povo em alta voz, no monte, do meio do fogo. O povo, no entanto, temeu ser consumido e pediu que Moisés fosse o mediador.
“Você compreendeu que Deus é extraordinariamente poderoso e que não conseguimos nos aproximar?”, questiona Engel. “Nós somos pecadores, somos podres, somos tudo e qualquer tipo de coisa, e não estamos preparados. É por isso que precisamos do cordeiro de Deus.”
O pastor ensina que “Jesus veio materializar o cordeiro”, que foi oferecido como oferta pelo perdão dos pecados da humanidade. Ele também diz que “Jesus era aquela palavra que o povo estava ouvindo”, pois segundo o Evangelho de João, Cristo é o Verbo.
“Ele estava lá e também está aqui hoje, porque estamos declarando a Palavra”, afirma Engel.
O casamento entre Deus e a Noiva
Joel Engel usa o casamento para ilustrar o relacionamento entre Deus e Seu povo, que é baseado em uma aliança.
Antes de mais nada, ele aponta para duas verdades: que “Deus desceu para casar com o seu povo” e que “o Pentecostes é a Festa das Primícias”.
Ele então explica: “As Primícias são a primeira oferta da lavoura. As Primícias são início ao ‘namoro’ com Deus, quando você O coloca em primeiro lugar. Nenhum namorado ou namorada aceita estar em segundo lugar. Se você não aceita isso no namoro, imagina no casamento.”
Segundo Engel, depois de estabelecer uma aliança com Deus, é preciso crescer em intimidade. “Antes do casamento, homem e mulher não se conhecem na intimidade. Quando a Bíblia diz ‘…conheceu Adão a Eva’, isso simboliza a relação íntima do casal. É por isso que a Palavra diz que devemos ‘conhecer e prosseguir em conhecer’ (Oseias 6:3). O apóstolo Paulo usou a palavra koinonia, que vem do termo ‘coito’, que fala da relação entre marido e mulher”, afirma.
Deus quer as primícias
Engel mostra também que o primeiro mandamento de Deus para Adão e Eva é que se casem e se multipliquem. “Quando o homem tem uma relação com a sua mulher, é um momento de grande prazer, porque a obediência gera prazer”, diz.
“Mas um prazer maior você vai sentir quando se casa com Deus”, acrescenta. “Esse é o encontro do seu espírito com o Espírito de Deus, é a paz que excede todo entendimento, independente das circunstâncias.”
O pastor diz que no Pentecostes, a primícia de Deus foi Jesus. É por isso que devemos entregar tudo o que temos e fazemos como primícia ao Senhor, para que verdadeiramente vivamos em aliança de casamento.
“Quando Deus me presenteou com a Sua palavra, Jesus, Ele me convidou para o casamento. E quando eu respondi com a minha oferta, eu aceitei o casamento. E nós a partir daquele dia somos um”, o pastor destaca.
“Quando você casa, você faz uma aliança, e mesmo na adversidade você promete ser fiel. A partir daquele dia, o nome do seu cônjuge faz parte do seu nome e todos os bens são partilhados. No casamento com Deus é a mesma coisa”, finaliza.
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