Policiais do Uzbequistão invadiram uma casa, onde oito cristãos protestantes estavam orando antes de iniciar um momento de refeição. Todos eles foram presos, segundo informações do site Forum18.
A invasão aconteceu na cidade de Pap, na região oriental de Namangan, no Uzbequistão. A polícia realizou o ataque sem mandado de busca e confiscou publicações religiosas, incluindo Bíblias, e materiais digitais, todos adquiridos legalmente.
Além disso, um notebook e um computador também foram levados. Quando os cristãos chegaram na delegacia de polícia, eles permaneceram horas sendo interrogados. Ficaram até às 3h da manhã, mesmo as autoridades não apresentando nenhum mandado de prisão.
A polícia disse aos cristãos que todos os materiais religiosos serão enviados ao Comitê de Assuntos Religiosos para “análise de especialistas” e que eles podem ser acusados de posse da literatura religiosa, apesar do fato de que foram comprados legalmente.
A Portas Abertas também informou que o site Forum18 havia entrado em contato com as autoridades policiais envolvidas no ataque por telefone, mas que as perguntas foram ignoradas.
No dia 30 de setembro, a polícia da região de Tashkent invadiu e deteve 40 cristãos durante um retiro. Outro evento que questiona a segurança dos cristãos.
A “pressão psicológica” da polícia fez com que uma mulher e uma menina de cinco anos fossem levadas ao hospital. De acordo com o Forum 18, quatro mulheres que participaram do ataque roubaram propriedades de mulheres cristãs.
Trinta e um cristãos foram processados sob artigos do Código Administrativo por produção ilegal, armazenamento ou importação para o Uzbequistão de material religioso, violação do procedimento para realização de reuniões religiosas e por ensinar crenças religiosas sem educação religiosa especializada e sem permissão da organização religiosa central registrada.
O resultado do julgamento resultou exatamente nos cristãos sendo obrigados a pagar multas equivalentes a até 20 vezes o salário mínimo mensal. Segundo a Portas Abertas, o Uzbequistão é o único país da Ásia Central que possui uma Sociedade Bíblica oficialmente aberta.
Ainda segundo o grupo, o governo concede permissão para publicar, importar e distribuir literatura religiosa, mas o controle do Estado em cada movimento dessa organização é tão grande que a Sociedade Bíblica só parece existir no papel.