Depois que Tanner Cross, um professor de Educação Física, foi suspenso pelo distrito escolar de Loudoun, no estado da Virgínia (EUA), por se recusar a afirmar “que um menino biológico pode ser menina, e vive-versa”, ele desabafou: “Os professores precisam expressar suas opiniões”, disse em entrevista à CBN News.
Embora tenha sido readmitido pela Leesburg Elementary, Cross processou o conselho escolar de Loudoun por causa de sua nova política que inclui a exigência de que os funcionários chamem os alunos transgêneros por seus pronomes preferidos.
Ele deixou claro que não cumpriria a política. Durante a entrevista, ele explicou que este é um grande triunfo para educadores e pessoas de fé. “É uma grande vitória para mim porque as escolas públicas do condado de Loudoun não podiam mais me punir por meu discurso feito em maio”, contou.
Liberdade de expressão e religião
“Isso deve dizer aos professores que se você deseja defender seus alunos em uma reunião do conselho escolar e acha que as ideologias que estão surgindo são prejudiciais, eles devem ter voz através da sua liberdade de expressão e de religião”, apontou.
Cross insiste que as regras vão contra sua fé cristã e de seus direitos da Primeira Emenda. Enquanto isso, funcionários da escola argumentam que a “Política 8040” foi introduzida para criar mais igualdade para alunos transgêneros.
A Política 8040 defende os “Direitos de Alunos Transgênero e Gênero Expansivo”. De acordo com a nova política, a equipe do LCPS “deve permitir que os alunos transgêneros ou expansivos de gênero usem seus nomes preferidos e pronomes de gênero que reflitam sua identidade atual”.
Além disso, os alunos não precisam apresentar nenhuma evidência de comprovação, independentemente do nome e gênero que constam no registro educacional permanente do aluno.
Situação atual do professor
De acordo com o CBN News, como parte do acordo judicial alcançado na semana passada, Cross terá seu emprego garantido, a suspensão será removida de seu registro e ele receberá 20 mil dólares do condado para ajudar a pagar seus honorários advocatícios.
Tyson Langhofer, advogado sênior da ADF (Alliance for Defending Freedom), que representa Cross no caso, disse que está satisfeito com o resultado.
“Acho que este caso mostra que a Constituição deve ser protegida contra certas ideologias ou alguns pontos de vista que as pessoas não gostam”, destacou.
Mas a batalha judicial não acabou. A ADF, junto com Cross e dois outros professores do condado de Loudoun, prosseguiram com um processo contra a política de transgêneros que permite que os alunos trans usem banheiros que correspondem à sua identidade de gênero.
Enquanto isso, Cross diz que a provação o aproximou de Deus. “Aprendi a confiar mais em Deus, então minha fé cresceu”, disse o professor. “E está crescendo mais à medida que avançamos. Ele nos concedeu vitórias por causa de nossa obediência a Ele”, concluiu.