Cristã de 75 anos é absolvida por protesto silencioso perto de clínica de aborto na Escócia

Rose Docherty foi presa em fevereiro dentro de uma zona de exclusão de clínica de aborto perto do Hospital Queen Elizabeth II, em Glasgow.

Fonte: Guiame, com informações do Christian Today e ADF InternationalAtualizado: segunda-feira, 18 de agosto de 2025 às 15:22
Rose Docherty, 75 anos, segura um cartaz com mensagem pró-vida nas proximidades de uma clínica de aborto. (Foto: ADF International)
Rose Docherty, 75 anos, segura um cartaz com mensagem pró-vida nas proximidades de uma clínica de aborto. (Foto: ADF International)

Rose Docherty, uma avó cristã escocesa, foi presa em 19 de fevereiro de 2025 por segurar um cartaz próximo a uma clínica de aborto perto do Hospital Queen Elizabeth II, em Glasgow.

O cartaz dizia: “Coercion is a crime. Here to talk, only if you want” (“Coagir é crime. Aqui para conversar, só se você quiser”). A ação ocorreu dentro de uma zona de exclusão ou zona tampão (buffer zone), onde manifestações sobre aborto são proibidas.

Apesar da prisão, o Procurador Fiscal da Escócia decidiu não prosseguir com a acusação, encerrando o caso da avó de 75 anos sem julgamento.

A decisão foi recebida com alívio por grupos pró-vida e defensores da liberdade de expressão, que consideraram a prisão um excesso.

Críticas internacionais

O caso Docherty gerou críticas internacionais, inclusive por parte do Departamento de Estado dos EUA, que expressou preocupação com possíveis violações à liberdade de expressão no Reino Unido.

"A liberdade de expressão precisa ser protegida. Pedimos aos governos, seja na Escócia ou em todo o mundo, que respeitem a liberdade de expressão para todos", destacou o órgão americano.

A prisão ocorreu poucos dias depois que o vice-presidente dos EUA, JD Vance, destacou as zonas de proteção rigorosas das clínicas de aborto, que criminalizam atividades pró-vida, incluindo orações e ofertas de assistência a mulheres em gestações de crise.

‘Vitória da liberdade de expressão’

A organização Alliance Defending Freedom International (ADF), que tem prestado apoio a Rose Docherty desde sua prisão, classificou o desfecho do caso como “uma vitória para a liberdade de expressão na Escócia”.

Docherty manteve, desde o início, que sua presença na zona de exclusão e a mensagem em seu cartaz estavam em conformidade com as normas estabelecidas, sem infringir qualquer restrição vigente.

No entanto, ela foi presa e mais tarde recebeu uma advertência formal em troca de admitir irregularidades e prometer se abster de ações semelhantes no futuro.

"Esta é uma vitória não apenas para mim, mas para todos na Escócia que acreditam que devemos ser livres para manter uma conversa pacífica", celebrou Docherty.

‘Arma para silenciar a expressão’

Segundo as autoridades, a placa da ativista pró-vida será devolvida a ela pela Polícia da Escócia.

Ela acrescentou: "Eu fiquei com amor e compaixão, pronta para ouvir qualquer um que quisesse falar. Criminalizar a bondade não tem lugar em uma sociedade livre.”

Lorcan Price, assessor jurídico da ADF International, celebrou o desfecho do caso. Segundo ele, “ninguém deve temer a prisão por oferecer uma conversa consensual. O caso de Rose é um exemplo gritante de como as leis da 'zona tampão' podem ser usadas como arma para silenciar a expressão pacífica".

"Estamos aliviados que o bom senso tenha prevalecido, mas o fato de Rose ter sido presa e ameaçada de processo mostra a necessidade urgente de proteger as liberdades fundamentais na Escócia."

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