Além do comunismo, cristãos chineses também enfrentam o islamismo radical

De acordo com a Portas Abertas, muçulmanos extremistas de certas regiões têm colocado cristãos em situação de vulnerabilidade.

Fonte: Guiame, com informações da Portas AbertasAtualizado: segunda-feira, 3 de abril de 2023 às 17:46
A China abriga cerca de 21 milhões de muçulmanos. (Foto: Portas Abertas)
A China abriga cerca de 21 milhões de muçulmanos. (Foto: Portas Abertas)

Na China, os cristãos são perseguidos pelo governo comunista que considera o cristianismo como uma ameaça e uma “religião ocidental”. A cada ano que passa fica mais difícil a situação da Igreja no país. 

Conforme a Portas Abertas, além da perseguição do Partido Comunista Chinês (PCC), os seguidores de Cristo também são perseguidos pelo islamismo radical, que agride, expulsa e delata os cristãos às autoridades. 

Os muçulmanos extremistas de certas regiões têm colocado eles em situação de vulnerabilidade. Se um convertido do islamismo é descoberto pela família ou comunidade, geralmente é ameaçado ou agredido fisicamente, num esforço para levá-lo de volta à fé original. Os vizinhos muçulmanos costumam relatar qualquer atividade cristã para as autoridades ou chefe da vila. 

Opressão chinesa

Ocupando o 16º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2023, a China foi considerada a nação comunista que mais persegue cristãos no mundo.

Pode-se observar o endurecimento das restrições e o aumento da vigilância sobre a Igreja no país, já que o PCC busca limitar todas as “ameaças ao poder”. A vigilância na China está entre as mais opressivas e sofisticadas no mundo.

Perseguição de chineses muçulmanos

De acordo com a organização, uma carta enviada por Hollace (nome fictício por razões de segurança), mostra que além da opressão comunista e da paranoia ditatorial, os cristãos ainda enfrentam a perseguição vinda de muçulmanos radicais. 

Hollace é de origem muçulmana e se converteu ao cristianismo. Ele é líder de uma igreja na China, parceiro da Portas Abertas e vive numa região onde há muitos cristãos como ele, que vieram do islã. 

“Desde março de 2017, as igrejas na região de ‘cristãos de origem muçulmana’ foram duramente atingidas. Embora os cristãos não sejam o alvo principal das autoridades governamentais nesta localidade, alguns líderes da igreja foram levados para 'tomar chá' na delegacia — procedimento conhecido como nível moderado de interrogatórios”, contou. 

‘Por que essas coisas estão acontecendo com os cristãos?’

“Tornou-se inseguro para nossos irmãos e irmãs se encontrarem em grupos, pois estão sendo vigiados e podem ser questionados pelas autoridades a qualquer momento”, explicou Hollace.

“A igreja começou a se dispersar e os obreiros tiveram que voltar às suas atividades seculares. Pelo que observamos, os cristãos ficaram desanimados em orar juntos e, ao mesmo tempo, o inimigo começou a agir”, continuou.

Hollace explica que os desafios e as circunstâncias atrapalharam os cristãos locais: “Alguns perguntam: Por que essas coisas estão acontecendo apenas com os cristãos? Os líderes e obreiros da igreja sofreram acidentes de carro, uma irmã foi repentinamente diagnosticada com câncer em estágio 3 e outro irmão foi recentemente diagnosticado com a mesma doença”. 

‘A China precisa desesperadamente do Evangelho’

Hollace aponta para a necessidade de união entre os cristãos e alerta para que não fiquem dispersos ou distraídos, pois isso pode enfraquecer a Igreja. 

“Sempre que visitamos nossos parceiros, pedimos com carinho que orem e intercedam por nossa terra para que o Senhor nos guarde e abençoe, e que Ele libere e revele Seu poder e força”.

“A China precisa desesperadamente do Evangelho, mas o que falta são trabalhadores espiritualmente saudáveis”, destacou ao pedir orações dos cristãos ao redor do mundo. 

“Orem a Deus para nos enviar trabalhadores para sua vinha. Somos um corpo, independentemente de nossas nacionalidades. Por favor, orem para que Ele continue a fortalecer aqueles a quem Ele mesmo escolheu para ficar e servir nesta região”, concluiu. 

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