POPULAÇÃO: 1,4 bilhão
CRISTÃOS: 96,7 milhões
RELIGIÃO: Budismo, cristianismo, ateísmo, islamismo, hinduísmo, judaísmo e religiões étnicas
GOVERNO: Estado comunista
LÍDER: Xi Jinping
POSIÇÃO: 17º na Lista Mundial da Perseguição
A China é o maior país da Ásia Oriental e o mais populoso do mundo, com quase 1 bilhão e meio de habitantes, o que representa praticamente um quinto da população da Terra. Na constituição nacional, descreve-se como uma “república popular socialista unipartidária”, mas sob a liderança do PCC (Partido Comunista da China) funciona como uma “ditadura democrática popular”. O que isso significa na prática? Que a vida dos chineses não é fácil em diversos aspectos, principalmente para aqueles que se denominam cristãos.
Embora a Igreja continue crescendo naquela nação, o Partido Comunista defende sua identidade cultural para se manter no poder. Tudo o que é percebido como uma ameaça pelos líderes ditadores é combatido com firmeza e, muitas vezes, com violência. Faz parte desse cenário as restrições na internet, nas mídias sociais e nas organizações não governamentais.
Os regulamentos sobre religião, atualizados em 2020, são estritamente aplicados e limitam a liberdade. Igrejas estão sendo monitoradas e fechadas, sejam elas independentes ou parte do Movimento Patriótico das Três Autonomias. E não é apenas a introdução de novas leis que afeta a atividade cristã, é também a implementação mais rigorosa de leis já existentes, como a proibição da venda on-line de Bíblias.
Cristianismo totalmente rejeitado
De acordo com a Portas Abertas, a China saltou seis posições em relação à Lista Mundial da Perseguição 2020. Isso quer dizer que a pressão que o governo exerce sobre os cristãos está ainda mais intensa. Em apenas três anos, o país subiu 26 lugares. Neste ano, a China ocupa a 17º posição na lista dos 50 países que mais perseguem cristãos.
Está ficando cada vez mais difícil para a Igreja na China tentar se alinhar à ideologia oficial. Há relatos de que, em algumas regiões, as autoridades usaram a pandemia da Covid-19 para manter as igrejas fechadas, mesmo depois de não ser mais necessário por motivos de saúde.
Em um nível mais local, se um cristão convertido do islamismo ou budismo for descoberto pela comunidade e família, é provável que enfrente ameaças e danos físicos. Os cônjuges podem ser forçados a se divorciar. Os cristãos chineses são tratados como criminosos.
“Não houve aviso prévio. Eles entraram, sentaram-se e interrogaram-me durante um dia inteiro sem intervalo. Mais tarde, descobri que eles questionaram muitos dos meus colegas também. Eles os pressionaram a fornecer informações sobre minhas atividades religiosas. Essa ação dramática e repentina me fez parecer uma criminosa!”, compartilhou Grace, cristã perseguida na China.
China continua “derrubando cruzes”
Registrou-se um aumento de invasões e assédio a cristãos individuais e famílias. Milhares de igrejas foram danificadas ou destruídas, algumas confiscadas, em uma campanha que se espalhou por quase todas as regiões do país. As cruzes também foram removidas das igrejas.
Há relatos de que cidadãos estão sendo recompensados financeiramente por divulgar informações sobre cristãos e outras minorias às autoridades. Isso reflete a determinação do Partido Comunista de exercer controle sobre todas as áreas da vida.
Opressão comunista e paranoia ditatorial
As principais fontes de perseguição aos cristãos na China são oficiais do governo e partidos políticos. Os seguidores de Cristo enfrentam restrições e monitoramento em todo o país, com incidentes relatados em quase todas as províncias.
Os cristãos protestantes estão mais concentrados nas províncias de Henan e Zhejiang, e os cristãos católicos são numerosos em Hebei. Todos esses podem ser considerados pontos de atenção para a perseguição.
As mulheres cristãs normalmente lideram as igrejas domésticas. Quando elas são descobertas pelo governo podem ser presas e, automaticamente, correm o risco de serem violentadas sexualmente durante o cumprimento da pena.
Há casos de mulheres que deixaram os filhos na China e fugiram sozinhas para o exterior. Ao permanecerem na China, elas seriam presas e separadas dos filhos de qualquer maneira, portanto, fugir para o exterior é considerada a melhor solução.
Os homens cristãos enfrentam violência nas mãos de policiais e, para muitos, ficar sob custódia por semanas ou meses e ser maltratado resulta em trauma físico. Além disso, podem perder o emprego e assim causar problemas financeiros para toda a família.
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