Na tarde desta quarta-feira (13), o bloqueio do perfil da psicóloga paranaense Marisa Lobo no Facebook gerou grande indignação nas mídias sociais. A decisão da rede social em bloquear se deu em razão de uma denúncia que Marisa fez sobre a exposição "Queermuseu — Cartografias da diferença na arte brasileira", realizada pelo Santander Cultural.
Além de remover a publicação na qual Marisa fazia sua denúncia, por não seguir "os padrões da comunidade do Facebook", a rede social também comunicou a ela que seu perfil permaneceria bloqueado por 30 dias.
A denúncia de Marisa Lobo sobre a exposição ocorreu pelo fato do evento promover a pedofilia, zoofilia e o vilipêndio a elementos religiosos como a imagem de Jesus Cristo. A exposição foi inaugurada em 14 de agosto e cancelada no último domingo (10), após fortes protestos contra o evento.
Após saber do bloqueio, o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) fez contato com a diretoria do Facebook no Brasil.
"Soube que a página da doutora Marisa lobo havia sido bloqueada por conta de uma postagem sobre a exposição 'Queermuseu' no Santander . Acionei o facebook e questionei o motivo. Me disseram que devido as muitas denúncias, que com certeza forma feitas por ativistas de esquerda que a perseguem, pedi para averiguarem e que desfizessem a injustiça. Me atenderam. Parabéns, Marisa", declarou o parlamentar em depoimento ao qual o Guiame teve acesso.
Em contato com a diretoria do Facebook no Brasil, Marco Feliciano também alertou que além da forte repercussão popular negativa que o bloqueio do perfil da psicóloga estava gerando, ele poderia mobilizar cerca de 100 deputados para se manifestarem contra o bloqueio do perfil de Marisa Lobo - decisão da rede social que foi vista como censura por parte do público.
Marco Feliciano fez contato com a diretoria do Facebook para pedir o desbloqueio do perfil de Marisa Lobo. (Imagem: Arquivo Pessoal)
O prazo máximo é que o perfil de Marisa Lobo estivesse desbloqueada até esta quinta-feira, porém segundo a psicóloga informou em primeira mão ao Guiame, que seu perfil já estava ativo novamente.
Reação popular
A reação popular foi notável. Somente nas redes sociais do Guiame, centenas de pessoas manifestaram seu repúdio à decisão do Facebook.
"Chega! Vamos dar um basta nesta tentativa absurda de amordaçar a nós cristãos! [...] Não iremos mais abaixar a cabeça e permitir que violações de nossas crenças sejam diuturnamente infringidas! Que Deus abençoe esta irmã por ter se posicionado. Vamos seguir o exemplo dela irmãos e nos posicionar também! Maranata, oh vem Senhor Jesus!", comentou um usuário da rede social.
"Estou com ela... Ridiculo... acho uma desmoralização... falta de tudo.... Quando nós cristãos postamos alguma coisa querem nos crucificar", comentou outra usuária.