Um centro missionário foi explodido pelas forças russas em Irpin, na Ucrânia, destruindo centenas de Bíblias que seriam distribuídas no país devastado pela guerra.
O prédio era o Centro de Treinamento de Ministérios de Campo da Mission Eurasia, uma das diversas organizações que estão ajudando os refugiados ucranianos desde o início da invasão russa.
O presidente da missão, Sergey Rakhuba, relatou que tropas da Rússia invadiram o centro da Mission Eurasia, após os funcionários serem evacuados no começo do conflito, e o usaram como abrigo.
“Os russos assumiram o controle, eles usaram isso para qualquer propósito. Ouvimos relatos de que eles o usaram como quartel-general para suas forças especiais”, afirmou Sergey.
Ele também revelou que o exército russo usou pilhas de exemplares queimados da Bíblia como escudos durante os confrontos de tiro. "Estamos muito tristes com a perda", lamentou o presidente da missão.
“Os prédios podem ser substituídos, mas estamos reimprimindo centenas e centenas de cópias de novas Escrituras para os jovens evangelistas que treinamos, esses jovens voluntários que equipamos e que continuam alcançando pessoas necessitadas”.
O Centro de Treinamento de Ministérios de Campo da Mission Eurasia antes da explosão. (Foto: Sergey Rakhuba).
Depois de utilizarem como QG, os militares russos explodiram o prédio no final do mês passado. Sergey lamentou a morte de alguns dos vizinhos do centro missionário. "Os cadáveres estão bem perto das instalações", contou ele.
Segundo Sergey, o Centro de Treinamento da Missão Eurásia em Irpin era o “centro nervoso para novas inovações, missão, planejamento estratégico” onde “milhares e milhares de jovens líderes passaram por treinamento”.
"Muitas lágrimas foram derramadas depois que recebemos a notícia", confessou ele. Mas, o líder permanece firme, acreditando que “Deus continuará provendo”.
Enquanto isso, a Mission Eurasia segue levando o Evangelho aos ucranianos, através de grupo de oração online e ajuda humanitária.
A organização montou centros de assistência a refugiados na Varsóvia, Cracóvia e Moldávia, além de quatro grandes centros de distribuição de alimentos no oeste da Ucrânia.