Uma escola de elite em São Paulo suspendeu seis alunos do 9º ano do ensino fundamental após praticarem atos antissemitas contra um colega judeu.
Segundo a CNN Brasil, a vítima, um adolescente de 15 anos, ingressou recentemente na Beacon School, uma das escolas particulares mais prestigiadas do estado.
Os seis alunos teriam desenhado uma suástica, símbolo usado pelo movimento nazista, e escrito cânticos antissemitas e nazistas nos cadernos da vítima, com o objetivo de sinalizar que havia um judeu na turma.
O adolescente relatou a agressão psicológica aos pais, que cobraram medidas por parte da escola. À CNN, a Beacon School declarou que afastou os adolescentes agressores e tomou uma série de medidas.
O colégio particular ainda ressaltou que repudia toda e qualquer manifestação de ódio e que prestou acolhimento à família da vítima.
A Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) se manifestou sobre o caso, repudiando os atos antissemitas.
A Fiesp afirmou que contatou os pais do adolescente e a escola, que vai formar uma parceria com a Federação para promover ações socioeducativas para alunos e pais, com o propósito de combater outros possíveis casos de discriminação contra judeus.
A Federação Israelita ainda garantiu que atos antissemitas não serão aceitos no ambiente escolar e na sociedade.
“Estamos e estaremos sempre vigilantes na defesa de nossa comunidade judaica e agindo pelo bem-estar de todos”, destacou a Fisesp.
Aumento do antissemitismo no Brasil
O caso acontece em meio a guerra de Israel e o grupo terrorista Hamas, na Faixa de Gaza.
Desde o ataque contra Israel em 7 de outubro, casos de antissemitismo cresceram 1200% no Brasil, de acordo com a Confederação Israelista do Brasil (Conib).
A nação brasileira possui a segunda maior comunidade judaica da América Latina, com 120 mil judeus.
Para analistas, o aumento do antissemitismo revela que já existia um preconceito enraizado contra as comunidades judaicas e também islâmicas.