O relatório anual referente ao período de 2023 a janeiro de 2024 sobre o combate ao antissemitismo, publicado pelo Ministério da Diáspora em conjunto com a Organização Sionista Mundial e a Agência Judaica, revelou um aumento significativo nos incidentes antissemitas em todo o mundo.
Segundo o relatório, durante o período de outubro a dezembro, o antissemitismo se tornou seis vezes maior, um nível recorde.
Os dados revelam que os incidentes antissemitas representam um aumento de 235%, em comparação com os números registrados nos meses de janeiro a setembro de 2023.
Geograficamente, os incidentes estão dispersos globalmente, com destaque para os EUA, que registram 43% dos incidentes relatados, seguidos pela Europa, com 35%.
O relatório também evidencia um aumento de 33% nos ataques antissemitas de natureza violenta em 2023 em comparação com o ano anterior. De acordo com as estimativas, 48% desses ataques estavam relacionados à Operação Espadas de Ferro.
Dos ataques, 46% ocorreram nos EUA. Em segundo lugar, está a Grã-Bretanha, com 16%, seguida pela Alemanha, com 9%. França e Canadá apresentaram 6% cada, enquanto a Austrália registrou 2,5%.
Ao examinar cada país individualmente, segundo o relatório, a França apresentou o maior aumento de eventos antissemitas, alcançando 1000%, seguida pelo Canadá com 800%, Austrália com 738%, Estados Unidos com 337%, e Alemanha com 320%.
‘Maior desde a década de 1930’
O Ministro dos Assuntos da Diáspora, Amichai Chikli, afirmou: "Este ano foi diferente de qualquer outro. O ódio a Israel em todo o mundo é o mais severo desde a década de 1930 do século anterior."
"Os judeus de todo o Ocidente se sentem inseguros. Os judeus que falam hebraico são espancados no metrô das capitais da Europa. Os judeus que carregam bandeiras [israelenses] nas ruas são assassinados”.
"As observações antissemitas mais severas são feitas pela Autoridade Palestina. A nossa principal recomendação é passar da fase defensiva para a fase ofensiva. Temos de abrir processos contra o Hamas e as organizações palestinas por causa do antissemitismo e da incitação ao terror. A Autoridade Palestiniana educa ao terror e paga terroristas, e temos que saber como combater isso com as ferramentas adequadas", concluiu.
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