Na última quarta-feira (8), um grupo feminista da Argentina realizou uma encenação em frente à Catedral Católica da cidade de Tucumán e gerou grande revolta entre os cristãos. A ação foi um ato das feministas em razão do Dia Internacional da Mulher e consistia em ilustrar como seria "Maria abortando seu filho Jesus".
A encenação se deu entre risos das manifestantes, com muita tinta vermelha e fitas - para ilustrar vísceras e sangue saindo do corpo de uma das "atrizes" - em frente à Catedral de Tucuman.
A ação foi duramente criticada por muitos cristãos no Facebook e apontada como um grande desrespeito a pontos importantes da fé cristã, como a ação sobrenatural no nascimento de Jesus e o próprio respeito à vida, desde sua concepção.
"Usar a imagem de Maria para protestar? E encenar um aborto? Maria em momento algum pensou em abortar o Filho de Deus. O que elas pensam que estava fazendo? Foram infelizes em pensar que as pessoas em sã consciência apoiariam uma heresia dessas. Protesto para se obter direitos, não precisa see feito com argumentos desse esse", comentou uma usuária da rede social.
"Até para defender a legalização do aborto (a qual sou contra), precisa um mínimo de maturidade. Elas encenam como se aborto fosse natural e bonito. Mulheres que abortam sofrem física e psicologicamente. E muito! E essas mulheres militantes do aborto pela máxima 'meu corpo, minhas regras' são as mesmas que condenam o homem que não assume o filho pq não quer ser pai. E são as mesmas que pregam a tolerância religiosa e o 'mais amor por favor'. Coerência mandou lembrança!", destacou outra internauta.
Reação
Em um comunicado publicado na última quinta-feira (9), o Arcebispo de Tucumán, Mons. Alfredo Zecca repudiou a encenação e classificou o ato como uma ação "infeliz" por parte do grupo feminista.
"Nós condenamos com profunda tristeza, os acontecimentos infelizes que foram cometidos ontem, 08 de março, à tarde, na frente da Catedral de Tucuman denigrem a imagem da Virgem Maria, Mãe de Deus, assim como a fé dos católicos tucumanos", disse.
Em sua declaração, Mons. Alfredo observou que a ação "não foi ofensiva somente para os cristãos, mas também para a própria dignidade das mulheres".
O líder católico destacou que março é "o mês de reflexão sobre os direitos do nascituro" e convidou a todos para participarem da Marcha pela Vida e a Família, que se realizará na Argentina, no dia 25 de março.
Após o ato, cidadãos da Argentina também usaram a plataforma internacional CitizenGO para colher assinaturas em uma petição, exigindo que o delegado Instituto Nacional contra a Discriminação, a Xenofobia e Racismo (INADI) em Tucuman, José Ramiro Granado "investigue os fatos e puna os responsáveis, de modo que a discriminação e ódio com base na fé não prejudiquem a coexistência pacífica na Argentina".
Movimento Pró-vida e cristianismo
Conhecida por sua militância contra o aborto no Brasil, a psicóloga cristã Marisa Lobo também criticou o ato, lembrando outras ações polêmicas do movimento feminista.
"Estão passando de todos os limites. Onde vamos parar? Aqui no Brasil, se masturbam com os crucifixo. Na Argentina simulam o aborto de Jesus. E você? Ainda defende essa doença chamada feminismo? Que Deus tenha misericórdia dessas almas, que sofrem na escuridão, por isso tentam atacar a Luz. Mas, quanto mais esses elas atacam, mais os cristãos e todo povo de bem se unem", escreveu a psicóloga no Facebook.