O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e líder da oposição, Juan Guaidó, citou a igreja como parte do processo de ajuda humanitária no país, que vive uma escassez de abastecimento nos supermercados e farmácias devido ao colapso econômico.
“Esse é um tema que leva muito tempo de preparação, de importantes alianças com as ONGs, as igrejas, a sociedade civil, os militares e a comunidade internacional, e que hoje, graças ao apoio de todos, é um fato”, disse o político em vídeo nas redes sociais.
No regime de Nicolás Maduro, as igrejas têm sido impedidas de distribuir alimentos para a população.
Guaidó não especificou quais igrejas estão envolvidas no projeto, mas indicou que elas serão fundamentais para o processo de distribuição de ajuda humanitária.
“A fase de distribuição será um trabalho em conjunto com igrejas, ONGs, voluntários e outros aliados para distribuir a ajuda de forma transparente e eficaz. Essa ajuda será permanente através de um corredor humanitário”, acrescentou.
Guaidó afirmou ainda que a ajuda humanitária chegará à Venezuela até 23 de fevereiro. Ele também informou que haverá novos pontos de coleta desse carregamento, inclusive na fronteira com o Brasil, em Roraima.
A ajuda humanitária enviada pelos Estados Unidos ainda aguarda o desbloqueio das pontes entre Venezuela e Colômbia, fechadas por militares leais a Maduro. Na terça-feira (12), milhares de venezuelanos foram às ruas e para pressionar o governo chavista a liberar a entrada do carregamento.
A vice-presidente do regime de Maduro, Delcy Rodriguez, alegou que a ajuda humanitária é “contaminada, envenenada e cancerígena”. “Poderíamos dizer que são armas biológicas, o que pretendem introduzir com essa ajuda humanitária”, afirmou em discurso.
O regime chavista acusa os EUA de tramarem um golpe de estado com a entrada da ajuda humanitária. Maduro se defende dizendo que as sanções impostas pelo governo de Donald Trump são responsáveis pela fome e crise de abastecimento vivida no país.