Uma minivan atropelou Brenden Scott de 9 anos, enquanto ele atravessava a rua. O menino sofreu graves lesões, teve ossos quebrados e órgãos traumatizados.
O pai do garoto, Richard, disse que que se sentiu impotente enquanto esperava a ambulância que estava a caminho para socorrer Brenden. Mesmo assim, disse ao filho: "Vamos, amigo, continue lutando”.
Em seu desespero, Richard conta que clamou a Deus para ajudá-lo naquela situação, na qual seu filho corria risco iminente de morte. "Ajude a equipe médica a ajudá-lo. Dê-lhes forças", orou Richard.
Uma hora depois, Brenden estava em uma sala de cirurgia, cercado por três equipes médicas. Sua barriga estava cheia de sangue e, quando seu peito foi aberto, o coração parou.
Na sala de espera, Jennifer Scott, mãe de Brenden, orava silenciosamente. "Deus, por favor, não leve meu bebê. Por favor, não pegue meu bebê", ela implorava.
Enquanto isso, por 20 minutos, os médicos seguraram o coração de Brenden, massageando-o com a mão até que o órgão pudesse voltar a bater sozinho.
Milagrosamente, o menino Brenden foi trazido de volta à vida. Os médicos não consideravam a possibilidade de ele sobreviver àquela noite.
Na semana passada, os médicos removeram os últimos pinos de suas pernas, em sua última cirurgia. Ele ainda frequenta fisioterapia e fonoaudiologia várias vezes por semana, e fica mais forte a cada dia.
"Eu sei que os cirurgiões têm suas habilidades", disse Richard. "Mas Deus estava lá", disse Jennifer. "Ele tinha a mão em tudo."
Nova vida
O acidente aconteceu em dezembro passado. Hoje, seis meses depois, Brenden tem recuperação completa. Seus pais, Richard e Jennifer Scott, acreditam que Deus os ajudou a viver este milagre.
O próprio médico, Dr. Stephen Guertin, diretor médico do Centro Infantil Sparrow e diretor da Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do hospital, não duvida disso.
"Foi notável, porque tudo tinha precisava funcionar para ele viver, e tudo funcionou", disse o médico. "Nós nunca sentimos que estamos operando isoladamente".
Marcas
As marcas do acidente que quase matou Brendem podem ser vistas. Ele tem uma cicatriz na base da garganta por causa de um tubo de traqueotomia usado no hospital. Mas essa é a única pista visível.
Recentemente, Brenden andou de bicicleta ao redor de sua casa. Ele ocasionalmente soltava o guidão e abria os braços, mostrando-se completamente recuperado.
"Eu faço cavalinhos na minha bicicleta, ando sem usar as mãos, ando de quatro rodas e pisco no gramado", disse ele.
Brenden, que logo voltará às aulas, não se lembra do acidente ou do mês que passou internado.
"Eu não tenho certeza", disse ele, ao ser perguntando sobre o que aconteceu na tarde de 9 de dezembro, quando ele atravessou a estrada para visitar amigos.
O motorista da minivan não viu Brenden. A van passava por uma caminhonete lenta quando o atingiu.
Lesões e riscos
Brenden sofreu uma hemorragia cerebral. O sangue e o líquido espinhal podiam ser vistos saindo de sua orelha esquerda. A base de seu crânio estava rachada e sua mandíbula quebrada em mais de um lugar.
O pulmão direito de Brenden foi perfurado, seu baço foi rompido e o fígado dilacerado, disse Guertin. Ambos os ossos da coxa estavam quebrados, havia um buraco no coração e ele estava sangrando internamente.
Havia várias equipes na sala de cirurgia com Brenden naquela noite, ele o médico. Eles trabalharam para estabilizá-lo por várias horas. "Esse tipo de manobra, com massagens no coração com o peito aberto, é muito raro", disse Guertin.
Os pais viram Brenden à uma da manhã. O menino normalmente enérgico estava imóvel, em suporte de vida e cercado por pessoal médico e equipamentos.
“Ele parecia tão pequeno e frágil. Ele não se parecia com Brenden", disse Jennifer Scott.
“Quando entramos pela primeira vez na UTI, acho que ele tinha três postes de soro, quatro máquinas com 11 bolsas penduradas”, disse Richard. "Ele tinha quatro enfermeiras com ele e um residente".
O prognóstico de Brenden era sombrio. Os médicos disseram aos Scotts que o menino provavelmente havia sofrido danos cerebrais extensos.
"Eles nos disseram que, mesmo que sobrevivesse, para não espermos que ele fosse a mesma criança de antes", disse Jennifer Scott.
Cinco dias depois, ainda com suporte de vida, ele acordou e, quando perguntado, apertou os dedos do pessoal do hospital.
Jennifer Scott sabia que Brenden iria surpreender a todos quando ele lhe desse um polegar na cama do hospital no mesmo dia.
Uma recuperação surpreendente
Nos dias que se seguiram, Brenden começou a escrever mensagens para sua família. Seus pais tinham reuniões diárias com a equipe do hospital para serem atualizados de seu progresso.
"Todos os dias houve algo surpreendente", disse a mãe de Brenden, que fez oito cirurgias nas semanas que se seguiram e, depois de cada uma, ele se saiu melhor do que os médicos esperavam.