O presidente Jair Bolsonaro fez o tradicional discurso de abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas na manhã desta terça-feira (22).
Em virtude da pandemia do novo coronavírus, a Abertura da 75ª Assembleia-Geral da ONU está sendo realizada online - inovação que acontece por medidas de segurança.
Bolsonaro iniciou seu discurso lamentando as mortes pela Covid-19, e destacou as ações do governo brasileiro para minimizar os efeitos da pandemia.
Em sua fala, o presidente brasileiro destacou que “a liberdade é o bem maior da humanidade”, citando a liberdade religiosa e a perseguição aos cristãos.
“Faço um apelo a toda a comunidade internacional pela liberdade religiosa e pelo combate à cristofobia”, disse.
No final de seu discurso, disse que “o Brasil é um país cristão e conservador e tem na família sua base”.
O presidente se solidarizou com o povo do Líbano pelas recentes adversidades sofridas e disse que “o momento é propício para trabalharmos pela abertura de novos horizontes, muito mais otimistas para o futuro do Oriente Médio”.
Na sequência, Bolsonaro enalteceu os acordos de paz entre Israel e os Emirados Árabes Unidos, e entre Israel e o Bahrein: “[São] três países amigos do Brasil, com os quais ampliamos imensamente nossas relações durante o meu governo”.
O chefe do executivo também destacou o papel dos EUA na promoção da paz no Oriente Médio. “O Brasil saúda também o Plano de Paz e Prosperidade lançado pelo Presidente Donald Trump, com uma visão promissora para, após mais de sete décadas de esforços, retomar o caminho da tão desejada solução do conflito israelense-palestino”, disse. “A nova política do Brasil de aproximação simultânea a Israel e aos países árabes converge com essas iniciativas, que finalmente acendem uma luz de esperança para aquela região”.
Apesar do caráter virtual, a sede da ONU em Nova York recebe um representante de cada país. Cerca de 200 pessoas estão fisicamente presentes, o que equivale a 10% da capacidade de ocupação da estrutura.
Assim como em 2019, quando discursou pela primeira vez na ONU, Bolsonaro falou sobre a Amazônia e as políticas ambientais do seu governo. Cada país-membro tem até 15 minutos para os discursos.
Após a fala do presidente brasileiro, Donald Trump, Tayyip Ergodan e Xi Jinping - líderes dos Estados Unidos, Turquia e China, respectivamente - ocuparão a tribuna virtual.