Pastores e influencers cristãos entrevistam Bolsonaro sobre pautas do governo

A entrevista aconteceu em um podcast colaborativo mediado pelo Pr. Téo Hayashi, líder e fundador do Dunamis Movement.

Fonte: Guiame, Adriana BernardoAtualizado: terça-feira, 13 de setembro de 2022 às 14:21
Jair Bolsonaro entrevistado no podcast Collab. (Captura de tela/Positivamente Podcast)
Jair Bolsonaro entrevistado no podcast Collab. (Captura de tela/Positivamente Podcast)

Apresentadores cristãos entrevistaram o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição, em um podcast colaborativo que reuniu os canais: Positivamente, Dunamis, Hub, Luciano Subirá, Luma Elpídio e Felipe Vilela. A conversa, que foi mediada pelo Pr. Téo Hayashi, aconteceu na noite desta segunda-feira (12) e durou cerca de 4 horas.

As perguntas e pedidos de esclarecimentos sobre falas consideradas polêmicas, ditas por Bolsonaro ao longo de seu mandato, especialmente na pandemia, foram feitas pelos pastores Luciano Subirá e Felipe Vilela, pela cantora Luma Elpidio, pela atriz e apresentadora Karina Bacchi e por Mateus Guimarães.

Bolsonaro disse que, por ser católico, compartilha os valores cristãos com os evangélicos, destacando as pautas mais caras à fé comum, as quais ambos são contrários, como a legalização do aborto e das drogas, ideologia de gênero e favorável à liberdade religiosa.

Política e ideologia de esquerda ocuparam espaço no bate-papo. Países vizinhos do Brasil, que sofrem com graves questões sociais, como Venezuela e Argentina, governados por regimes esquerdistas, foram destacados pelo presidente.

Temas como guerra na Ucrânia, encontro com Putin, agronegócio, STF, Petrobrás, corrupção, energia elétrica, combustíveis deram a tônica da entrevista ao vivo.

Educação e doutrinação

O presidente também foi questionado sobre as denúncias de corrupção no Ministério da Educação, supostamente praticada por pastores. Bolsonaro disse que a investigação partiu do próprio ministro à época, Milton Ribeiro, que também é pastor. “Está sob investigação, até agora não tem nada comprovado”, disse Bolsonaro.

Para atender o público jovem evangélico, o Podcast Collab, como foi chamado, questionou o candidato principalmente sobre a Educação, com críticas de que não houve avanços nessa área crucial para o futuro do país. Além de citar a pandemia como o evento “que pegou o mundo de surpresa”, Bolsonaro disse que se trata de um “transatlântico e que não podemos dar um cavalo de pau”, em referência a mudanças bruscas no setor.

O presidente falou ainda sobre a doutrinação de esquerda que acontece principalmente nas universidades, quando os estudantes deveriam ser livres para conhecer todos os pensamentos. Ele também rechaçou a ideologia de gênero para crianças em material didático, implantada em governos anteriores. Bolsonaro se disse favorável ao homeschooling – ensino realizado em casa –, que foi aprovado recentemente pela Câmara dos Deputados e está parado no Senado.

Arrependimentos

Luma Elpídio perguntou ao presidente se ele se arrependia de algumas falas consideradas ofensivas, inclusive na pandemia. Bolsonaro disse que hoje não as falaria e disse que tem procurado mudar seu jeito de falar.

A cantora também perguntou sobre a “missão” que Bolsonaro diz ter como presidente. Na resposta, o presidente citou o atentado que sofreu com uma facada em Juiz de Fora, durante a campanha de 2018. Para ele, ter sobrevivido naquele episódio o fez acreditar que se tratava de uma missão que teria como governante do país. “Essa foi minha grande experiência com Deus”, disse.

Karina Bacchi e Luciano Subirá perguntaram ao presidente sobre falas sobre mulheres que o fizeram ser considerado misógeno. Depois de dizer que “pisou na bola” e que hoje não faz mais “brincadeiras”, Bolsonaro citou diversas leis em prol das mulheres e a atuação da primeira-dama Michelle Bolsonaro e da ex-ministra Damares Alves com destaque em seu governo.

Crente e política

Luma falou que, como igreja, precisamos entender que “existe diferença de critérios para eleger um presidente e eleger um pastor”. Mas o que está em questão, não é a fé, mas a competência, disse.

“A igreja tem que esquecer essa mentira de que crente não se envolve em política, por isso que as trevas estão roubando o que é nosso”.

A cantora disse que o que está em questão não é se o presidente é um super homem de Deus ou não, mas que tem valores cristãos. Hayashi concordou, dizendo que “a gente vota em cima de valores bíblicos”.

No final, Bolsonaro disse que pede a Deus que ilumine cada um nas eleições, que pode marcar o brasileiro de forma positiva ou negativa. “Não sou o salvador da Pátria, acredito em Deus”, disse, que se for a vontade de Deus, continua, caso contrário, passará a faixa.

Até o momento do fechamento desta matéria, a entrevista havia sido visualizada em mais de 4 milhões de equipamentos, somados os canais dos seis podcasts participantes.

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