Prestes a completar seis meses, a guerra na Ucrânia produziu, além de destruição e mortes, um contingente gigantesco de refugiados. Segundo a ACNUR (Alto-Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), já passam de 6 milhões de ucranianos nessas condições, que buscam refúgio em países vizinhos, como a Polônia, mas também em outros distantes, como o Brasil.
Esse número cresceu quando o governo brasileiro anunciou a liberação de passaporte humanitário para os ucranianos mais vulneráveis, facilitando a entrada desse grupo no país.
Entre os refugiados, mais de 1 milhão de crianças deixaram a Ucrânia só em março deste ano, segundo o Fundo de Emergência Internacional das Nações Unidas (Unicef).
Na época, o pastor brasileiro Elias Dantas, fundador da Global Kingdom Partnership Network (GKPN), uma rede global de igrejas e pastores, esteve em Lviv, no oeste da Ucrânia, e acompanhou a ação de resgate.
Crianças órfãs em Lviv, na Ucrânia, enquanto aguardam o trem para Varsóvia. (Foto: Elias Dantas)
Com a chegada dos ucranianos no Brasil, diversas igrejas passaram a recebê-los, além de comunidades que se formaram a partir da chegada dos refugiados.
Vitalii e Iryna Arshulik são ucranianos que vivem no Brasil como plantadores de igrejas, e ministram em uma área onde 80% da população é descendente de ucranianos.
O casal brasileiro trabalha em parceria com Elias Dantas que está em parceria com os Estados Unidos.
Igrejas envolvidas
Os Arshulik representam uma articulação de exercícios entre organizações e igrejas evangélicas ao redor do mundo que buscam os auxiliares. O Conselho de Missão Internacional desempenha um papel ativo nesse esforço.
Em março, a Primeira Igreja Batista de Curitiba enviou Vitalii a São Paulo para receber o primeiro grupo de 29 ucranianos – composto por oito famílias.
Assim que chegam, os ucranianos recebem cuidados dos membros da igreja local, que os levaram a um passeio pela região, apresentando-lhes a cultura local e a culinária tradicional brasileira.
Uma igreja no Brasil alugou um espaço maior para o culto dominical. (Foto: IMB)
Os ucranianos contam, em lágrimas, suas vidas experiências com a guerra. Depois dessa transição inicial no Brasil, a igreja os ajuda a encontrar moraria em bairros próximos.
Diversos outros grupos que chegaram ao Brasil foram recebidos com os mesmos cuidados. Igrejas Batistas locais se estabeleceram para ajudar a longo prazo com os refugiados.
Impacto
Os refugiados são todos irmãos e irmãs em Cristo, provenientes de igrejas evangélicas na Ucrânia e já estão produzindo um impacto na cidade.
A igreja em Prudentópolis, onde Vitalii e Iryna servem, alugou um espaço maior para adoração, pois mais de 100 pessoas têm se reunido todos os domingos. Eles também iniciaram um grupo de jovens.
O casal foi convidado para contar suas experiências com a ajuda a refugiados ucranianos em muitos programas de rádio e televisão.
Além disso, a influência deles chegou a outros países, tendo se encontrado com os embaixadores dos Estados Unidos, do Canadá, da Ucrânia, Inglaterra e União Europeia, buscando encontrar maneiras de ajudar os ucranianos a se ajustarem à nova cultura.
O missionário da IMB Fernando Dzubuk compartilha que um grupo de jovens ucranianos começou em uma igreja brasileira. (Foto: IMB)
Conhecer a cultura ucraniana ajuda a família de Vitalii a se comunicar com os refugiados no próprio idioma.
Os Arshulik acreditam que Deus os preparou para essa oportunidade ministerial. Além do chamado inicial de levarem os brasileiros descendentes de ucranianos a Cristo, eles agora têm o desejo de ajudá-los em suas necessidades físicas, emocionais e espirituais.
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