7 de setembro: Pastores destacam as promessas de Deus para o Brasil

O Guiame ouviu com exclusividade importantes líderes evangélicos brasileiros sobre como veem o futuro espiritual e ministerial do país.

Fonte: Guiame, Adriana BernardoAtualizado: terça-feira, 6 de setembro de 2022 às 20:56
Líderes brasileiros falam ao Guiame sobre o atual momento do país. (Foto: Instagram/Montagem Guiame)
Líderes brasileiros falam ao Guiame sobre o atual momento do país. (Foto: Instagram/Montagem Guiame)

Neste 7 de setembro, o Brasil celebra 200 anos de sua independência de Portugal, cuja proclamação foi feita por D. Pedro I durante o Primeiro Reinado, às margens do Rio Ipiranga, na capital paulista, em 1822.

O bicentenário da independência é uma data emblemática para o Brasil, por isso o Guiame ouviu com exclusividade importantes líderes da Igreja Evangélica sobre como veem o futuro do nosso país e como os cristãos devem se comprometer com as palavras proféticas e promessas de Deus que a nação tem recebido ao longo dos anos.

Temas como visão bíblica, igreja, política e processo eleitoral foram citados pelos convidados nesta matéria especial.

Márcio Valadão. (Foto: Instagram/Igreja Batista da Lagoinha)

O Pr. Márcio Valadão, que acaba de completar 50 anos de ministério, enalteceu o país, que chamou de “tão amado e tão fértil”, e fez um pequeno apanhado histórico deste período:

“Quando olhamos o nosso país de dimensões continentais e esses últimos 200 anos enquanto nação independente, me vem algo muito forte ao coração. Passamos por imperadores, por presidentes eleitos de forma não democrática e outros de forma democrática, dois longos períodos de ditadura e, mais recentemente, um período de incertezas, polarização e cultura do ódio”, disse ele ao Guiame.

Em seguida, o pastor falou sobre o significado da verdadeira independência e governo que o cristão deve ter:

“Fica cada vez mais claro no meu coração que nós seremos realmente independentes quando entendermos que precisamos ser governados por Jesus Cristo”, afirma.

O líder e fundador da Igreja Batista da Lagoinha, com sede em Belo Horizonte (MG), diz ainda que “não será um sistema socioeconômico, uma ideologia filosófica, uma estratégia política ou uma ação pragmática que mudarão o curso da nossa história e nos tornarão de fato independentes”.

Então, o Pr. Márcio traz a resposta bíblica para a real independência: “Isso acontecerá quando realmente vivermos o que diz em II Crônicas 7:14 : ‘Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra’”.

Hernandes Dias Lopes. (Foto: Instagram/Igreja Presbiteriana Pinheiros)

Pertencente à equipe pastoral da Primeira Igreja Presbiteriana de Vitória e pastor colaborador da Igreja Presbiteriana de Pinheiros em São Paulo, Hernandes Dias Lopes falou sobre o papel da Igreja frente aos embates políticos no país, dizendo que ela não deve ser político-partidária.

“A Igreja não é um curral eleitoral, o púlpito não é um palanque e nós não temos voto de cabresto”, disse.

Escritor, conferencista e colunista do Guiame, o Pr. Hernandes explica que os cristãos precisam se posicionar, em primeiro lugar, quando é necessário defender os princípios e valores de Deus. “Nós somos a favor da valorização do casamento, de verdades absolutas, somos contra o aborto e contra a relativização dos costumes”, listou.

“Quem é cristão crê em princípios e essa é a bandeira que nós temos que levantar como Igreja, exercendo voz profética”, disse ao mencionar Romanos 13, onde mostra que Deus criou o governo com duas finalidades.

“Primeiro, promover o bem e, segundo, coibir o mal. Se o governo inverte os papéis — promovendo o mal e coibindo o bem — cabe à Igreja se levantar como voz profética. E isso vai custar um preço”, apontou.

“Mas a Igreja, como diziam os reformadores, é a consciência do Estado, ela não pode se conformar, não pode fazer parte do jogo e nem se corromper. Não pode se envolver em determinadas alianças para não perder a autoridade de voz profética”, enfatizou.

Josué Valandro Jr. (Foto: Instagram/Igreja Batista Atitude)

Líder da Igreja Batista Atitude, no Rio de Janeiro, Josué Valandro Jr. destacou as pautas que a Igreja não pode ignorar nos dias atuais, por estarem inseridas no contexto brasileiro.

“No meu modo de ver, as ameaças que estamos vivenciando contra a família, a vida, a liberdade, o direito de opinião e de culto, traz a Igreja para uma encruzilhada que será definida este ano”, pontua.

Diante do atual momento político no país, o pastor afirmou que é preciso se posicionar espiritualmente antes das escolhas, que podem levar a dois tipos de resultados:

“Ou a Igreja não fará seu melhor neste processo eleitoral totalmente espiritual, e deixará a ideologia esquerdista anti-igreja nos levar a muito sofrimento, ou a igreja com oração, jejum e atitude cidadã, vence a investida do inferno em tomar o poder, e assim aparelhar em definitivo as instituições, e desta maneira leva o Brasil pra um novo patamar de desenvolvimento social e econômico que possibilitará a Igreja Brasileira em ser celeiro missionário para o mundo conforme tantas profecias!”.

Silmar Coelho. (Foto: Instagram/ILAN Church Recreio)

O pastor Silmar Coelho, da Igreja Metodista Wesleyana em Tucuruvi, Zona Norte da capital paulista, falou sobre como a política pode afetar a Igreja e que os cristãos devem se posicionar, com base em valores e princípios bíblicos.

Sobre o atual momento, ele disse: “Esta eleição é uma das mais importantes da história do Brasil. Não estaremos apenas definindo um presidente, mas o futuro do nosso povo”.

O pastor disse também que é preciso atentar às pautas que estão sendo colocadas. “Diremos não a elas!”, declarou, elencando cada uma:

“Não à ideologia de gênero. Não ao aborto. Não ao comunismo. Não ao aliciamento político e ideológico nas escolas. Não à corrupção.”

Silmar disse que em oposição a essas ideologias, o cristão precisa dizer “sim” àquelas que são parte dos princípios da fé evangélica:

“Diremos sim à família tradicional. Sim à vida! Sim à ética. Sim à integridade. Sim verdade. Sim à liberdade religiosa.  Sim ao livre pensamento. Sim ao direito de dizer. Sim à imprensa livre.

Escritor e colunista do Guiame, Silmar disse que “a eleição definirá a reconstrução do Brasil e ela começa agora; a nação precisará dos vencedores e vencidos”.

“Na verdade, ninguém perde com o direito de expressão e liberdade igual para todos; quem ganha é a democracia, os ideais da independência. Somente juntos podemos fazer o nosso país grande, justo e melhor”, avaliou.

Douglas Gonçalves. (Foto: Instagram/Douglas Gonçalves)

Para Douglas Gonçalves, líder do Ministério JesusCopy, os 200 anos de Independência do Brasil “é uma data muito importante porque aponta para a nossa maturidade e para o nosso crescimento”.

“Creio que chegou o tempo para nós, como brasileiros e, principalmente como Igreja, entender que precisamos avançar em maturidade — e maturidade é a capacidade de assumir responsabilidades”, disse.

“Crianças não assumem responsabilidades, elas precisam de pessoas responsáveis por elas”, citou ao comparar a situação dos brasileiros, que se comportam mais como filhos (crianças dependentes) do que como pais (adultos responsáveis).

“Devemos nos responsabilizar pelo Brasil. Pai e mãe não é aquele que fica reclamando, mas aquele que levanta e faz. Esses 200 anos [de independência] apontam para a virada de um novo século e um novo ciclo para o Brasil”, mencionou o pastor.

“Nós somos vistos como os adolescentes do mundo, onde tudo é festa e carnaval, tudo é brincadeira. Mas chegamos ao tempo da responsabilidade pelos problemas que estamos enfrentando, pelos desafios e pelo cuidado uns com os outros”, alertou.

“Que se levantem homens e mulheres maduros, que se levantem os pais da nossa nação para assumir esse país maravilhoso”, declarou.

Hudson Medeiros. (Foto: Instagram/Brasil de Joelhos/Renato Vaz)

Líder do Ministério Brasil de Joelhos, Hudson Medeiros afirma que o Brasil vai avançar no seu propósito de ser uma nação-celeiro natural de alimentos, como também do amor paterno de Deus para as nações em crise.

“Isto se manifestará pela pregação do evangelho do reino, se for a prioridade para a igreja, e dos remanescentes fiéis a Deus e à Sua palavra - assim creio”, declarou ao Guiame.

O pastor diz que “os líderes que se alinham ao propósito de Deus serão colocados nos lugares de poder temporal, se a igreja assumir a responsabilidade de exercer autoridade espiritual nos lugares espirituais em Cristo, e treinar os santos nos seus chamados para a obra do ministério, nas diversas áreas da vida.”

O líder de intercessão diz que acredita que “cada seguidor de Jesus deve manter o compromisso de conhecer e estudar as palavras proféticas dos dias do fim, anunciadas por Cristo, Seus apóstolos e profetas; e entender que, abaixo destas palavras, o Espírito de Deus tem dado várias palavras à igreja do Brasil e também à nação brasileira.”

Para ele, todos nós devemos saber dos propósitos específicos de Deus para o Brasil no tempo do fim, e cada um buscar obedecer a sua parte, como também o que será coletivo.

“A igreja brasileira está debaixo da palavra profética de Deus de trazer a influência da cultura dos céus para todas as áreas da vida: familiar, conjugal, pais e filhos; dos relacionamentos, dos negócios, da educação etc.”, lembra.

Uma maneira de revelar compromisso com as promessas de Deus, de acordo com o pastor, é assumir um estilo de vida de oração e adoração organizada, como no tempo de Daniel três vezes ao dia  ou como a igreja primitiva: você e sua família continuando a gerar cada promessa e só parar quando vê-la cumprida.

“Acreditamos que uma porção disso já está sendo obedecido e cumprido por parte da igreja nestes dias. Vamos seguir avançando rumo à plenitude do propósito de Deus para a nação. Por um Brasil aos pés de Cristo!”, finaliza.

* Matéria produzida com colaboração de Cris Beloni e Luana Novaes.

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