Pastor comenta críticas contra Michelle por falar de Jesus: “Há uma guerra espiritual”

Joel Engel fez uma análise sobre as práticas religiosas dos últimos governos do Brasil e alertou os cristãos a se posicionarem.

Fonte: Guiame, Luana NovaesAtualizado: sexta-feira, 19 de agosto de 2022 às 16:44
Jair Bolsonaro e Michelle na Igreja Batista da Lagoinha. (Foto: Captura de Tela/YouTube/Lagoinha)
Jair Bolsonaro e Michelle na Igreja Batista da Lagoinha. (Foto: Captura de Tela/YouTube/Lagoinha)

O pastor Joel Engel acredita que “há uma guerra espiritual” por trás da disputa pelo governo no Brasil. Em um culto na terça-feira (16), ele chamou os cristãos a se posicionarem e não mais terem uma atitude de mornidão.

“Os inimigos de Cristo já se posicionaram. Os políticos já se posicionaram. Os meios de comunicação estão posicionados — e interligados. Onde está o povo de Deus? Vai ficar em cima do muro?”, questionou Engel.

O pastor relembrou a declaração da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, durante um culto na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte, no domingo passado (7).

“Vamos continuar orando e intercedendo em todos os lugares, e sabe por que, irmãos? Porque por muitos anos, por muito tempo, aquele lugar foi um lugar consagrado a demônios. Cozinha consagrada a demônios, Planalto consagrado a demônios, e hoje consagrado ao Senhor Jesus”, disse Michelle ao lado do marido, o presidente Jair Bolsonaro.

E acrescentou: “Ali, eu sempre falo e falo para ele [Bolsonaro], quando eu entro na sala dele e olho para aquela cadeira: ‘Essa cadeira é do presidente maior, é do Rei que governa essa nação.’”

Sua declaração logo gerou críticas. Um dia depois do culto, na segunda-feira (8), Michelle compartilhou um vídeo que mostra uma candomblecista com o ex-presidente Lula, fazendo um ritual com pipocas. Na legenda, a primeira-dama afirmou: “Isso pode, né! Eu falar de Deus, não”.

O pastor aponta Michelle como exemplo de uma cristã que decidiu se posicionar, apesar das críticas. “Por que essa reação tão violenta da imprensa e dos críticos, dizendo que a Michelle não pode falar de sua fé em público? Nossa oração, há mais de 35 anos, era para que acontecessem orações e vigílias no Planalto, como está acontecendo agora”, afirma.

Engel lembrou também que, apesar de cumprir o mandamento bíblico de orar por todos os presidentes do Brasil, os últimos governos não foram consagrados a Cristo. 

Consagrações no governo

Em 2015, ​​a ex-primeira dama Rosane Malta, ex-mulher de Fernando Collor, revelou em entrevista a Amaury Jr. os rituais praticados naquele governo.

“Tinha os chamados pais e mães de santo, e ele [Collor] sempre procurava essas pessoas. Tinha uma mãe de santo em especial, chamada mãe Cecília, que disse: ‘Olha, para o seu esposo ganhar, eu preciso fazer algo. Ele só não ganha essa eleição se Deus descer à Terra. Eu deixo de me chamar mãe Cecília se eu não o fizer governador’”.

Rosane contou que, no início, os rituais de magia negra eram feitos “com coisas leves”, depois, foram envolvendo o sacrifício de animais. “Búfalo, bode, galinha, macaco, tudo o que você imaginar”, revelou.

Ao relembrar as práticas religiosas dos governos passados e do atual, Engel destaca: 

“Por muitos anos, eu tenho visto o povo de Deus em cima do muro. Muitos têm vergonha de dizer que pertencem a Jesus no trabalho, na rua e nas praças. Mas aqueles que servem o diabo não têm o menor receio de falar”.

E acrescentou: “Só que agora a guerra tornou-se maior. Tornou-se uma guerra semelhante a Elias e os 450 profetas de Baal em cima do monte.”

‘O Brasil vive como nos tempos de Elias’

Na época do profeta Elias, Israel era governado pelo rei Acabe. Por causa da influência de sua esposa, a adoração a Deus foi interrompida, os profetas foram mortos e o culto a Baal, um deus pagão, foi estabelecido em toda a nação.

O pastor lembrou do momento em que o profeta confrontou um povo que não se posicionava, como relata 1 Reis 18:21: “Elias dirigiu-se ao povo e disse: ‘Até quando vocês vão oscilar entre duas opiniões? Se o Senhor é Deus, sigam-no; mas, se Baal é Deus, sigam-no’. O povo, porém, nada respondeu.”

Engel então concluiu: “Na Bíblia, acontecia algo semelhante ao que está acontecendo agora no Brasil.”

“Quais as consequências para uma nação quando um governo pratica as obras do mal, adora outros deuses, estabelece leis contra o culto a Deus?”, perguntou Engel. “Toda a nação de Israel quebrou e faliu, porque Deus parou a chuva. Toda vez que há um governo contra Deus, a nação quebra.”

O pastor acredita que práticas semelhantes vêm acontecendo no Brasil. “Há quantos anos estamos vendo feitiçaria no Planalto? Há quantos anos as pessoas estão cada vez mais audaciosas em roubar nossa nação? Nossas escolas viraram campos de ideologias e nossa mídia se tornou manipuladora. E quando acontece isso, Deus chama os Elias”, disse.

Aqueles que são como Elias, segundo o pastor, são como fogo. “Queima dentro dele uma paixão por Deus e ele quer ver o Senhor sendo glorificado na nação. Ninguém entende isso ao olhar pelo lado de fora. Então ele chama toda a nação para cima do monte — e esse monte se chama governo.”

É por isso que o pastor chama a igreja para clamar pela restauração do governo, que é um dos montes de influência. “Os governos precisam ser convertidos a Jesus para entregar a cadeira de autoridade a Ele”, afirmou.

“Eu quero chamar todo o povo de Deus para se posicionar. Não tenha medo da luta. A guerra é grande, mas o nosso general vai à frente. Nós vamos entronizar Cristo em nossa nação!”, finalizou o pastor.

Confira a pregação completa:

 

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