Donald Trump fez seu primeiro discurso na Assembléia Geral das Nações Unidas, na última terça-feira (19) e lembrou aos outros líderes que, como presidente dos EUA, ele precisa priorizar a vontade de seu povo.
"Eu fui eleito, não para assumir o poder, mas para dar poder ao povo americano ... nosso primeiro dever é com o nosso povo. Como presidente dos Estados Unidos, eu sempre colocarei os americanos em primeiro lugar", afirmou Trump.
"Eu sempre colocarei a América em primeiro lugar. Assim como vocês, os líderes de seus países, devem sempre colocar suas nações em primeiro lugar", continuou Trump.
Ao mesmo tempo, Trump reconheceu os desafios globais de "regimes desonestos" como a Coreia do Norte, apontando suas "atrocidades", incluindo a prisão e o triste final que levou o estudante universitário norte-americano Otto Warmbier. O rapaz permaneceu preso em uma prisão norte-coreana, mas quando voltou aos EUA, acabou falecendo em razão dos maus tratos que sofreu na Coreia do Norte.
"Ninguém mostrou mais desprezo por outras nações e o bem-estar de seu próprio povo do que o regime depravado da Coreia do Norte", disse Trump.
"Os Estados Unidos têm grande força e paciência, mas se for forçado a se defender ou a defender seus aliados, não teremos escolha senão destruir totalmente a Coreia do Norte. O 'Homem Foguete' está em uma missão suicida para si mesmo", disse Trump, repetindo o 'apelido' que ele deu para o líder norte-coreano Kim Jong-Un.
O presidente estava repetindo um sentimento da embaixadora da ONU, Nikki Haley, que recentemente disse à CNN News: "Se a Coreia do Norte continuar com esse comportamento imprudente e se os Estados Unidos tiverem que se defender ou defender seus aliados de qualquer maneira, a Coreia do Norte será destruída".
Anteriormente, o presidente Trump havia sugerido que a China se esforce mais para dificultar o crescimento do programa de mísseis norte-coreanos, mas desta vez elogiou seu apoio às sanções da ONU.
"Quero agradecer à China e à Rússia pela adesão à votação para impor sanções ... mas devemos fazer muito mais", disse Trump.
O presidente também criticou o que ele considera outra ameaça nuclear global: o Irã. Trump se opôs ao acordo nuclear, implementado entre os EUA, Irã e diversas outras nações, durante o governo Obama, dizendo que o país islâmico deve parar de apoiar o terrorismo.
"Esse acordo é vergonhoso para os Estados Unidos. Eu não acho que você nos tenha ouvido falar sobre isso ultimamente", disse Trump.
"O governo do Irã deve parar de apoiar terroristas, começar a servir o seu próprio povo e respeitar os direitos dos seus vizinhos", afirmou Trump.
Enquanto o presidente criticou a ONU no passado, ele diz que a quantidade de dinheiro que os EUA contribuem só valeria a pena se a ONU efetivamente cumprisse seus objetivos.
De um jeito, disse Trump, estaria confrontando os países das Nações Unidas com registros flagrantes de desrespeito aos "direitos humanos".
"Não iremos suspender as sanções contra o governo cubano", disse Trump, acrescentando que Cuba precisa fazer as reformas em primeiro lugar.
Ele também criticou o regime opressivo do líder venezuelano Nicolas Maduro.
"O problema na Venezuela não é que o socialismo tenha sido mal implementado, mas sim que o socialismo foi fielmente implementado", afirmou Trump.
O presidente terminou seu discurso oferecendo uma esperança e uma missão renovadas para as Nações Unidas.
"Vamos lutar juntos, nos sacrificar juntos e permaneceremos unidos pela paz, liberdade, justiça, Família, humanidade e pelo Deus Todo-Poderoso que criou a todos nós", disse Trump.