Policial ficou meses afastado por orar em frente a clínica de aborto nos EUA

Segundo os advogados, outros oficiais que participaram de protestos do Black Lives Matter ou LBGT não sofreram a mesma punição.

Fonte: Guiame, com informações do WLKYAtualizado: quarta-feira, 30 de junho de 2021 às 14:14
Imagem de policial orando em frente a clínica de aborto em Louisville. (Foto: Twitter/LouClinicEscorts)
Imagem de policial orando em frente a clínica de aborto em Louisville. (Foto: Twitter/LouClinicEscorts)

Um policial de Louisville, no estado americano do Kentucky, retornará ao trabalho sem receber punições do Departamento de Polícia Metropolitana de Louisville (LMPD) por orar em frente a uma clínica de aborto, enquanto estava de folga.

O policial, que não teve o nome divulgado, estava uniformizado enquanto segurava uma placa da campanha pró-vida “40 Dias pela Vida” em frente ao Centro Cirúrgico Feminino EMW.

De acordo com Thomas More Society, um escritório de advocacia conservador nos EUA, ele “orou sozinho com seu pai por menos de uma hora” durante a folga de seu trabalho.

Depois que fotos do policial foram publicadas por críticos no Twitter, o oficial foi colocado em licença administrativa remunerada, enquanto uma investigação estava em andamento.

“É espantoso para nós que o defendemos — chocante na verdade — que o departamento de polícia trate um oficial trabalhador e leal dessa forma”, disse Matt Heffron, advogado da Thomas More Society. “Eles o deixaram ao vento por quatro meses por causa das orações fora de serviço.”

O Departamento de Polícia Metropolitana de Louisville enviou ao policial alguns avisos sobre as possíveis violações dos Procedimentos Operacionais Padrão do LMPD e de um estatuto do Kentucky.

“Nenhuma das orações do oficial fora de serviço foi coberta pelas alegações do LMPD, e qualquer punição formal, sob essas circunstâncias, violaria seus direitos da Primeira Emenda”, disse Heffron.

Em março, a Thomas More Society solicitou que o assunto fosse resolvido rapidamente e que o oficial pudesse retornar ao trabalho. 

Os advogados também enviaram um pedido de registro aberto ao LMPD e confirmaram que o departamento não tomou medidas disciplinares contra policiais em serviço, uniformizados, que protestaram com manifestantes Black Lives Matter ou em desfiles LBGT.

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