Uma polêmica envolve a prefeitura do município de Strand na Noruega e a Igreja Pentecostal de Klippen.
A prefeita Irene Heng Lauvsnes pediu à igreja para substituir uma grande Estrela de Davi iluminada, posta em um parque municipal como decoração natalina, por uma estrela de Natal tradicional, informou o jornal norueguês Strandbuen.
“O parque em nossa cidade deve permanecer neutro”, disse Lauvsnes ao jornal, após denúncias de que a decoração está “associada a Israel e judeus”.
A igreja está considerando conceder o pedido porque “não quer provocar de forma alguma”, disse o representante da igreja, Tom Øystein Angelsen, ao jornal Strandbuen.
Em seu artigo “Feliz Natal sem Natal”, o editor do jornal local Dagen-dag, Vebjørn Selbekk contesta a interferência da adminsitração municipal.
Selbekk defende a liberdade de a igreja representar o Natal como deseja. “A igreja pentecostal local quer fazer algo positivo por seu lugar. Por isso, durante vários anos organizaram uma festa de Natal ao ar livre para toda a comunidade, com centenas de participantes. Em conexão com as festividades, uma grande estrela de Natal é acesa em cima de um mastro”, disse.
O editor também defende o símbolo judaico a frequentemente atrelado ao cristianismo:
"Esse feriado é marcado pelo fato de um menino judeu nascer de mãe judia em um estábulo judeu em uma cidade judia em um país judeu. Não havia europeus loiros e de cabelos claros deitados na manjedoura enquanto ‘boi e cinzas estavam’”.
Selbekk continua: “Era um Salvador judeu da casa e linhagem de Davi. E pela grande graça de Deus, nós pagãos aqui no extremo posto avançado da civilização ao norte também fizemos parte do milagre salvador que a encarnação, nascimento, morte e ressurreição de Jesus representam.”