Prefeitura nos EUA tenta confiscar propriedade de igreja que abriga sem-tetos

A cidade de Toms River quer transformar o campus da Christ Episcopal Church em dois parques públicos.

Fonte: Guiame, com informações de The Christian PostAtualizado: segunda-feira, 5 de maio de 2025 às 20:11
A Christ Episcopal Church. (Foto: Christ Episcopal Church).
A Christ Episcopal Church. (Foto: Christ Episcopal Church).

A prefeitura da cidade de Toms River, nos Estados Unidos, iniciou uma ação para confiscar o campus da Christ Episcopal Church, que ajuda sem-tetos e promove diversos projetos sociais.

Segundo o The Christian Post, durante uma votação, o conselho de Toms River aprovou uma portaria, que permite o governo municipal tomar a força a propriedade da igreja se a denominação se recusar a vendê-la.

O plano da prefeitura é transformar o campus – uma área de mais de 4 mil metros quadrados – em dois parques públicos.

O prefeito Daniel Rodrick, conhecido como um crítico da ajuda aos sem-teto, afirmou que quer quadras de pickleball, um campo de futebol, um playground e um parque de skate no terreno da igreja.


Um esquema mostra o plano do prefeito para as terras da Igreja. (Foto: Mary Frances Schjonberg/ENS).

A Episcopal Church soube da portaria poucas horas antes dela ser aprovada pelo conselho. "É realmente chocante, surpreendente e muito decepcionante", afirmou a reverenda Lisa A. Hoffman, a líder do templo.

A tentativa de apropriação da cidade acontece enquanto a igreja luta para obter uma permissão para criar um abrigo noturno no seu campus. A audiência para dar ou negar a autorização está marcada para acontecer no dia 22 de maio.

Em 28 de maio, o conselho realizará uma audiência pública sobre se poderá apreender a propriedade da igreja.

"É claro e óbvio que o município e o prefeito estão agindo de má-fé e têm segundas intenções", afirmou o advogado da Episcopal Church, Michael York, em uma carta entregue ao conselho.

A Christ Episcopal Church, formada por 150 membros, hospeda mais de 20 grupos de apoio, distribui alimentos e roupas a pessoas em vulnerabilidade da cidade.

Agora, quer criar um abrigo noturno para 17 moradores de rua e está lutando para conseguir a autorização da prefeitura.

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