Projeto quer proibir trans em competições femininas no DF

A PL estabelece o sexo biológico como único critério para definição do gênero em competições esportivas oficiais, amadoras ou profissionais.

Fonte: Guiame, com informações de Metrópoles e G1Atualizado: sexta-feira, 20 de outubro de 2023 às 13:21
Câmara Legislativa do Distrito Federal. (Foto: Carlos Gandra e Renan Lisboa/CLDF).
Câmara Legislativa do Distrito Federal. (Foto: Carlos Gandra e Renan Lisboa/CLDF).

Um projeto de lei (PL) pretende proibir a participação de atletas transgêneros em competições esportivas femininas no Distrito Federal (GO).

A proposta foi protocolada na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) na quinta-feira (19).

O projeto estabelece o sexo biológico como único critério para definição do gênero em competições esportivas oficiais, amadoras ou profissionais. E propõe que trans sejam barrados de qualquer modalidade feminina.

Quem descumprir a regra ficaria sujeito à desclassificação, suspensão, devolução da premiação e pagamento de uma multa de 100 salários mínimos, conforme o texto.

A PL é de autoria do deputado distrital Pastor Daniel de Castro (PP), que afirmou que o propósito é garantir os direitos das mulheres no esporte.

“O objetivo é proteger a mulher da participação masculina em competições femininas, bem como estabelecer normas de direito desportivo nos termos do artigo 24, lX, da Constituição Federal, que estabelece a competência concorrente aos estados para legislar sobre o tema”, declarou Daniel.

Justiça para as mulheres

A participação de trans em esportes femininos têm levantado discussões sobre direitos das mulheres e justiça em competições.

Em Santa Catarina, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa (Alesc) aprovou um projeto de lei que proíbe a participação de transgêneros em modalidades esportivas femininas no estado, no início de outubro.

A proposta vai seguir para análise de outras comissões e ainda será votada no plenário. 

Em março deste ano, o Conselho Mundial de Atletismo proibiu atletas trans em esportes femininos para priorizar a justiça e a integridade da competição feminina.

Grupos de ativistas LGBT têm defendido a inclusão de trans que se identificam como mulheres em competições esportivas femininas em nome da igualdade e justiça para pessoas trans. 

No entanto, um relatório de 2021 do Sports Councils Equality Group aponta que, mesmo após a supressão da testosterona, atletas trans geralmente mantêm uma vantagem física em termos de força, resistência e constituição física em comparação com as mulheres.

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