O Comitê Olímpico e Paralímpico dos EUA (USOPC) atualizou suas diretrizes seguindo a ordem executiva do presidente Donald Trump, intitulada “Mantendo os homens fora do esporte feminino”.
A página de elegibilidade transgênero do USOPC agora traz um aviso: “A partir de 21 de julho de 2025, consulte a política de segurança do atleta do USOPC.”
A ordem executiva estabelece aplicação imediata, inclusive contra escolas e associações esportivas que, segundo o documento, “negam às mulheres o acesso a esportes e vestiários exclusivamente femininos”.
O texto também orienta os procuradores-gerais estaduais a identificarem as melhores práticas para garantir o cumprimento do mandato.
Team USA
Em memorando à comunidade Team USA, divulgado na terça-feira (22) pela ABC News, o presidente do USOPC, Gene Sykes, e a CEO Sarah Hirshland se referiram à ordem executiva de Trump, afirmando: “Como organização federal, temos a responsabilidade de atender às expectativas do governo federal.”
O USOPC é responsável por apoiar, inscrever e supervisionar as equipes dos EUA nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, bem como em competições esportivas para todas as idades – desde jovens até atletas das categorias master.
Os EUA sediarão os Jogos Olímpicos de Verão de 2028.
Federações esportivas
Em atualização à sua política de segurança de atletas, o USOPC afirmou que a versão revisada “enfatiza a importância de promover ambientes competitivos justos e seguros para mulheres” – sem mencionar diretamente o termo “transgênero”.
“O USOPC está comprometido em proteger as oportunidades para atletas que participam do esporte. A organização continuará colaborando com diversas entidades responsáveis pela supervisão – como o COI, IPC e federações esportivas nacionais – para garantir que mulheres tenham um ambiente competitivo justo e seguro, em conformidade com a Ordem Executiva 14201 e a Lei Olímpica e de Esportes Amadores Ted Stevens.”
A Lei Olímpica e de Esportes Amadores Ted Stevens, de 1998 e patrocinada pelo senador do Alasca Ted Stevens, institui um processo formal para tratar disputas de elegibilidade em cada modalidade olímpica e competições esportivas amadoras.
Atualizações da política
A USA Fencing, federação da esgrima, se destacou entre as primeiras entidades olímpicas dos EUA a anunciar publicamente a atualização de sua política de elegibilidade de gênero, em alinhamento com a nova diretriz do USOPC.
A federação oficial abordou a nova política em uma declaração pública, alegando que a mudança veio em resposta a novas diretrizes divulgadas pelo USOPC.
“Continuamos firmemente comprometidos com o respeito, a justiça e o bem-estar dos atletas. Esta atualização, mandatada pelo USOPC, alinha nosso esporte com os padrões nacionais atuais, mantendo o apoio da comunidade na vanguarda”, disse em comunicado.
Após a política revisada, a USA Fencing atualizou suas diretrizes de elegibilidade de gênero, que entrarão em vigor em agosto. “Mulheres transgênero, atletas não binárias, homens transgêneros e atletas intersexuais competirão exclusivamente em competições masculinas, de acordo com a política.”
Ginástica
Em junho, a USA Ginástica informou à Fox News Digital que estava “avaliando” sua política de elegibilidade de gênero, após remover de seu site a página que detalhava a versão anterior.
“Em maio, a USAG removeu sua política para avaliar a conformidade com o atual cenário legal”, disse um porta-voz.
A política revisada do USOPC também não descreve como a proibição funcionará e se a mesma decisão se aplica aos esportes masculinos.
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