O diretor da organização cristã Visão Mundial, Welinton Pereira, afirmou que as igrejas tiveram um papel fundamental na ajuda às vítimas da pandemia no Brasil, durante um evento online da Organização Mundial da Saúde (OMS) com a Religiões pela Paz (RfP), em outubro deste ano.
“Sem as igrejas e os líderes religiosos, a tragédia com certeza teria sido maior. Foram muito importantes para amenizar o sofrimento do povo”, declarou Welinton.
O evento, que reuniu líderes de organizações religiosas de vários países, discutiu as consequências do fechamento dos locais de culto ao redor do mundo durante a pandemia da Covid-19.
Além disso, os líderes destacaram a atuação positiva de organizações e comunidades religiosas em crises de saúde ao longo da história, prestando ajuda aos mais vulneráveis. Segundo eles, a pandemia ampliou o importante papel de igrejas e líderes em fornecer ajuda social e apoio espiritual em tempos de crise e incerteza.
Welinton ainda lembrou de como a atuação da Visão Mundial no Amazonas, um dos estados mais afetados pelo coronavírus, foi essencial para milhares de famílias.
“Ao todo, no Brasil, foram mais de 600 mil mortes, um dos números mais elevados do mundo. É uma situação muito grave, mas a sociedade brasileira se envolveu na resposta à crise. Como organização cristã, iniciamos uma mobilização de pessoas e líderes para que, a partir de suas comunidades locais, pudessem ajudar quem sofria”, relatou.
O diretor da Visão Mundial observou que o trabalho das organizações durante a crise do Covid-19 acabou unindo mais as instituições cristãs.
“Após muito trabalho, conseguimos superar a crise e, agora, temos muitas lições aprendidas. A experiência também permitiu que líderes de igrejas que nunca se viram ou não se conheciam pudessem sentar à mesma mesa para ajudar as pessoas, compreendendo mais a fundo que as diferenças de fé que existem entre eles são muito pequenas diante da necessidade do povo brasileiro”, disse.
“E, mesmo agora com a pandemia sob controle, continuam trabalhando juntos a partir de sua realidade local”.