Sinais do fim? Depois de 3 terremotos seguidos, Afeganistão enfrenta fome severa

De acordo com uma organização cristã, os afegãos enfrentam crise econômica, estão sem alimentos e muitos já estão desnutridos.

Fonte: Guiame, com informações da Global Christian ReliefAtualizado: quinta-feira, 14 de dezembro de 2023 às 13:38
Afegãos enfrentam fila para conseguir alimento, em Cabul. (Captura de tela: YouTube BBC News Brasil)
Afegãos enfrentam fila para conseguir alimento, em Cabul. (Captura de tela: YouTube BBC News Brasil)

A situação no Afeganistão está ficando cada vez mais difícil, principalmente após a tomada de governo por parte do Talibã. Já se passaram mais de 2 anos após a retirada dos EUA do país.

Depois disso, veio o terror dos militantes que mataram cruelmente muitos cristãos por insistirem em seguir Jesus em vez da sharia (lei islâmica).

A situação econômica também só se deteriorou nas mãos de terroristas que não possuem nenhuma experiência para administrar uma nação. Com isso, veio a fome e a miséria, além da falta de segurança e perspectiva de um futuro.

Todos estes acontecimentos citados possuem uma forte ligação com o fim dos tempos e são vistos como sinais por vários especialistas em profecias — guerra, conflito, imposição de uma lei religiosa, pobreza e fome.

Terremotos no Afeganistão

E os sinais não param por aí, o Afeganistão ainda foi vítima de três terremotos seguidos em questão de poucos dias. O primeiro aconteceu no dia 7 de outubro, mesmo dia em que se deu início à guerra Israel-Hamas.

A economia que já estava em ruínas, piorou depois dos terremotos e a maioria dos afegãos estão passando por necessidades, muitos passam fome e não há muito o que pode ser feito.

Sem comércio não há trabalho. Conforme o Global Christian Relief (GCR), que fez uma viagem recente ao país, as condições são das piores: “Muitos estão desesperados para ganhar a vida através do trabalho, mas raramente encontram empregos e rendimentos. Quer sejam cristãos ou muçulmanos, milhões de pessoas passam fome”.

Talibã, terremotos e miséria

A equipe do GCR conta que passou um tempo com um antigo empresário afegão que será chamado de Raheel (nome fictício por motivos de segurança). Ele é membro de uma comunidade local afegã e detalhou como as coisas mudaram drasticamente no país.

“Eu tinha uma boa loja antes do novo regime. Após a mudança, a economia desmoronou e minha loja teve que fechar. Muitas pessoas deixaram a nossa aldeia”, lembrou.

Raheel disse que tinha uma boa vida, mas que agora não tem nem biscoito para oferecer aos filhos enquanto choram de fome. “Como inúmeras outras pessoas, a família de Raheel foi forçada a racionar a pouca comida disponível e se preocupa muito com o futuro”, explicou um dos membros da equipe.

“Quando nos reunimos com crianças afegãs locais, os sinais de desnutrição são evidentes. Eles estão com olheiras. Além do racionamento de alimentos, o povo afegão tem poucas alternativas, uma vez que os talibãs não conseguem oferecer qualquer apoio às famílias empobrecidas”, continuou.

‘Mães desesperadas para alimentar seus filhos’

Conforme a equipe, as mães afegãs estão desesperadas para alimentar os seus filhos famintos e desejam trabalhar, mas os talibãs não lhes permitem procurar empregos ou oportunidades de educação.

“Dados vazados de hospitais afegãos indicam que a desesperança está se instalando e o suicídio feminino está aumentando. Além disso, aqueles que inicialmente fugiram da violência no Afeganistão para o vizinho Paquistão estão agora sendo expulsos à força do país”, revelou.

“A polícia paquistanesa está prendendo todos os estrangeiros que procuram refúgio ilegalmente em seu país, tendo como alvo cerca de 1,5 milhões de migrantes afegãos. As primeiras estimativas são de que 200 mil afegãos que vivem no Paquistão já foram forçados a regressar para casa, ou seja, para um país com uma economia falida e uma seca devastadora”, disse ainda.

Membros da equipe do GCR pedem orações por Raheel e tantos outros pais de família que passam pelas mesmas dificuldades — trauma pós-terremoto, calamidade econômica, escassez de alimentos, fome e perseguição religiosa por conta do extremismo islâmico. 

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