Os eleitores suíços vão ter a última palavra sobre a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo em função da realização de um referendo. A proposta foi feita por parlamentares cristãos, da União Democrática Federal (UDF), sobre a lei aprovada em dezembro passado.
O embargo constitucional colocado pela UDF não permite que a lei, aprovada pelo parlamento nacional, entre em vigor até o resultado do referendo popular. De acordo com a Reuters, o partido conseguiu reunir assinaturas suficientes para obrigar o Executivo do país a realizar um referendo vinculativo.
Além do casamento homossexual, esta norma permite a doação de esperma para casais de lésbicas e que os transgêneros possam mudar seu gênero legal com uma declaração.
Em maio, o Conselho Federal, liderado pelo Chanceler Walter Thurnherr, agendará uma data para este ato e, ao que tudo indica, setembro será o mês escolhido, como refere a agência britânica.
Uma pesquisa realizada em 2020 para o grupo de defesa dos direitos dos homossexuais, Pink Cross, revelou que mais de 80% dos suíços apoiam o casamento entre pessoas do mesmo sexo, pelo que é provável que este embargo constitucional colocado pela UDF seja infrutífero.