A polícia israelense prendeu neste domingo (12) os suspeitos de incendiarem a histórica igreja da Multiplicação dos Pães, segundo as autoridades.
De acordo com a porta-voz da polícia, Luba Samri, não há confirmação imediata do número de pessoas presas, mas a investigação foi conduzida pela unidade da polícia israelense que lida com crimes cometidos por colonos judeus na Cisjordânia.
Os cristãos acreditam que a Igreja da Multiplicação, em Tabgha, no Mar da Galiléia, é o local onde Jesus multiplicou cinco pães e dois peixes para alimentar 5 mil de seus seguidores.
Em 18 de junho, um incêndio consumiu a maior parte do interior do templo e destruiu o telhado, deixando apenas restos carbonizados de Bíblias e outros objetos. A parte da igreja que abriga a pedra onde Jesus teria colocado os cinco pães e dois peixes não foi danificada no incêndio.
Um graffiti vermelho, escrito em hebraico no muro da igreja, dizia: "Ídolos terão suas cabeças cortadas."
A polícia deteve 16 colonos judeus – todos menores de idade – para interrogatório após o incidente, mas o grupo foi liberado mais tarde.
O ministro israelense de Relações Exteriores, Tzipi Hotovely, denunciou o ataque. "O Estado de Israel guarda a liberdade de culto de todas as religiões e rejeita completamente toda e qualquer tentativa de prejudicá-la."
A Igreja da Multiplicação é administrada por monges beneditinos, e a área é uma das mais significativas no cristianismo. O local da igreja fica próximo aos locais onde Jesus andou sobre as águas e fez o Sermão da Montanha.
Muitos lugares de culto na região foram atacados nos últimos anos. A polícia suspeita que muitos deles tenham sido cometidos por judeus extremistas de direita, que atacaram também algumas mesquitas.