Um refugiado sírio de 19 anos foi preso após esfaquear um turista espanhol de 30 anos perto do Memorial do Holocausto e da embaixada dos EUA no bairro Mitte, em Berlim.
O ataque ocorreu na sexta-feira (21) à noite, e o suspeito foi detido algumas horas depois, com sangue nas mãos e roupas.
A vítima sofreu ferimentos graves no pescoço, mas não corre mais risco de vida após uma cirurgia de emergência.
O jornal alemão Bild relatou que o suspeito do crime foi identificado como "Wassim al M". Seu nome completo foi mantido em sigilo, conforme as leis de privacidade vigentes no país.
As autoridades acreditam que o suspeito planejava matar judeus há várias semanas e que o ataque pode estar relacionado ao conflito no Oriente Médio.
Acredita-se que o suposto agressor seja um requerente de asilo e vive em uma acomodação fornecida pelo estado para refugiados na cidade de Leipzig.
Segundo o relatório, os investigadores estão classificando o ataque como um "crime com motivação política".
Eleições na Alemanha
O incidente ocorreu em meio a um debate acirrado sobre a política de imigração da Alemanha, dias antes das eleições nacionais, que aconteceram no domingo (23).
Em disputa estão as 630 cadeiras do Bundestag (Parlamento Alemão) e o cargo de chanceler, que é equivalente ao de primeiro-ministro.
Pesquisas projetam resultado para a vitória do conservador Friedrich Merz, do CDU/CSU, grupo de centro-direita.
Elas indicam que o partido de Merz lidera com 29,4% das intenções de voto, seguido pela AfD (Alternativa para a Alemanha), partido mais à direita, com 20,4%.
A imigração e a economia são os principais temas em debate, com 37% da população considerando a imigração o maior desafio para o próximo chanceler, segundo pesquisa conduzida pela ARD-DeutschlandTrend.