Na noite do último domingo (28), o presidente dos EUA, Donald Trump, ligou para o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, para parabenizá-lo por sua vitória no segundo turno das eleições e ambos expressaram um forte compromisso de trabalharem juntos. As informações foram confirmadas tanto por Bolsonaro, quanto pela Casa Branca.
Trump e Bolsonaro concordaram em "trabalhar lado a lado para melhorar a vida do povo dos Estados Unidos e do Brasil, como líderes regionais das Américas", disse Sarah Sanders, porta-voz da Casa Branca, em um comunicado.
“Vamos ser grandes parceiros”, disse o presidente americano, que também lhe desejou “boa sorte”.
Jair Bolsonaro venceu as eleições presidenciais no domingo, prometendo limpar a política, reduzir o Estado e reprimir o crime, em um dramático balanço da esquerda na quarta maior democracia do mundo.
O capitão reformado do Exército será o primeiro militar na presidência em décadas, desde 1984.
Semelhanças
As semelhanças entre o presidente eleito do Brasil e dos Estados Unidos começam a surgir em questões como o claro posicionamento político contrário à ideologia comunista e também à valorização da oração como fator importante no comando de uma nação.
Em diversas oportunidades, Trump mostrou a importância de começar as reuniões com seus secretários com uma oração. Bolsonaro também fez questão de, junto à sua primeira declaração à mídia, após o resultado das eleições, convidar o senador Magno Malta para fazer uma oração por seu mandato presidencial e pelo Brasil.
Além disso, Bolsonaro tem sido mencionado de forma positiva na Casa Branca. No início do mês de outubro, um pastor que é conselheiro de Trump apontou o então candidato à presidência do Brasil como um “defensor de Israel”, o que é muito positivo aos olhos da atual gestão norte-americana.
“Entendo que se Jair Bolsonaro ganhar a eleição, como presidente ele vai tomar essa decisão de transferir a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém”, disse o pastor Mario Bramnick, durante entrevista por telefone para o jornal ‘Valor Econômico’.
Após a eleição de Donald Trump, o pastor se tornou um dos 40 membros do Conselho Executivo Evangélico, que se encontra no mínimo uma vez por mês, para orar e expressar seus pontos de vista em reuniões com o presidente, o vice Mike Pence, e outros líderes da Casa Branca. Bramnick assegurou que Bolsonaro é bem visto pela equipe.
“Eu tive conversas com outros líderes da nossa equipe de fé sobre Bolsonaro e está [um clima] muito positivo”, destacou.