Nesta segunda-feira (4), as Forças Armadas da Ucrânia denunciaram que mais de 300 casos de estupros contra mulheres ucranianas por tropas russas foram relatados em meio a guerra. A denúncia inclui violência sexual contra meninas de 12 a 14 anos.
Os militares descreveram os soldados russos como "estupradores sem limites morais". "A Rússia está estuprando a Ucrânia. Eles estão bombardeando nossas cidades, saqueando, assassinando, estuprando mulheres", afirmaram.
No domingo (3), surgiu uma foto nas redes sociais dos corpos de quatro ucranianos, três mulheres e um homem, empilhados debaixo de um cobertor.
De acordo com o The Guardian, o fotógrafo Mikhail Palinchak relatou que as mulheres estavam nuas e parcialmente queimadas, aumentando a suspeita de que o exército russo está violentando ucranianas, considerado um crime de guerra.
“Recebemos várias ligações para nossa linha direta de emergência de mulheres e meninas em busca de assistência. Não conseguimos alcançá-las por causa dos combates", disse Kateryna Cherepakha, presidente da organização de igualdade de gênero e direitos humanos La Strada, na Ucrânia.
A chefe de assuntos políticos da ONU, Rosemary DiCarlo, afirmou que a Missão de Monitoramento de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas está verificando as denúncias de estupro na Ucrânia.
"Isso inclui estupro coletivo e estupros na frente de crianças. Também há denúncias de violência sexual por parte das forças ucranianas e milícias de defesa civil”, revelou Rosemary.
As acusações de violência sexual por parte das tropas russas acontece dias depois da descoberta de corpos de civis em valas comuns e espalhados pelas ruas da cidade de Bucha, subúrbio da região de Kiev, no último final de semana.
Mais de 400 cadáveres foram encontrados nos arredores da capital, segundo a procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, levantando a discussão de possíveis crimes de guerra.