O cristão Léo Siqueira, jornalista e locutor, de Sapiranga (RS), lembra de conviver com uma intensa dor no abdômen desde sua infância
“Eu tive dor a minha vida inteira. Era uma dor insuportável”, disse ele, durante participação no podcast Vidacast, na semana passada.
Aos 12 anos, Léo começou a sentir os sintomas mais fortes e foi levado a diversos médicos por sua família, mas ninguém encontrou um diagnóstico.
Foi somente anos depois, quando já estava adulto, que Siqueira foi diagnosticado com a Doença de Crohn, uma síndrome grave que afeta o sistema digestivo e não tem cura.
O jornalista foi parar na emergência por diversas vezes e chegou a ser internado na UTI. Devido a doença, Léo estava sempre magro e debilitado. Com 1m80, ele pesava apenas 55 kg.
Com seu estado de saúde cada vez pior, o cristão enfrentou dificuldades até para encontrar oportunidades de emprego, por causa de sua aparência anêmica.
Já sem esperanças de ter uma vida normal, Léo passou a ser tratado por uma nova médica, que informou que havia um medicamento mais moderno nos EUA para tratar a síndrome.
Correndo contra o relógio
“Ela disse para mim: ‘Vou te inscrever nesse programa americano e vai vir uma injeção que vai te curar. Só que pode demorar muitos anos para chegar, pode ser que não dê tempo de te salvar”, afirmou o locutor.
De forma surpreendente, o medicamento chegou após apenas dois meses e Léo começou o tratamento. “Foi um agir de Deus”, destacou ele.
Logo, o jornalista apresentou melhoras, ganhou peso e conquistou um emprego em uma rádio.
Mais tarde, como consequência da Doença de Crohn, Léo precisou fazer uma cirurgia para retirar parte do intestino.
No entanto, durante a cirurgia, a médica percebeu que todo seu intestino estava comprometido, havia necrosado, e precisou ser retirado completamente. Sem seu sistema digestivo, Léo precisou usar uma bolsa de colostomia para o resto da vida.
“Ou o Senhor me cura ou o Senhor me leva”
Léo Siqueira e sua família. (Foto: (Foto: Instagram/Léo Siqueira).
“Para mim foi desesperador o primeiro mês. Mas aí comecei a ganhar peso, já não sentia mais dor, então comecei a aceitar a bolsa”, lembrou ele.
Após dois anos, suportando as dificuldades de viver com a bolsa sem ninguém saber, Léo já não aguentava mais a situação.
“Eu estava tomado de depressão. Estava cansado de viver um personagem na rua, fingir que eu estava bem, e chegar em casa e tratar todo mundo mal”, confessou.
Então, o jornalista fez uma das orações mais sinceras da sua vida. “Eu disse: ‘Deus, eu não aguento mais, já vim de arrasto a minha vida inteira. Ou o Senhor me cura ou o Senhor me leva, porque não quero chegar ao ponto de tirar a minha vida”, revelou.
Naquele dia, Léo decidiu pedir para a médica retirar a bolsa, mesmo com apenas 5% de chance de sobreviver sem ela.
No dia da cirurgia da retirada, já no bloco cirúrgico, o cristão teve um ataque de pânico e gritava para colocarem a bolsa novamente, com medo de morrer.
Após o procedimento, o intestino de Léo vazou diversas vezes e ele teve que passar por mais quatro cirurgias.
À beira da morte
Até que seu organismo ficou muito debilitado, seus órgãos pararam de funcionar e a médica informou que não havia mais o que fazer para lhe salvar.
A família foi chamada para se despedir dele no hospital, incluindo sua esposa e sua filha pequena. “Eu nunca tinha chorado no hospital, mas naquela tarde eu não conseguia parar de chorar”, comentou Siqueira.
No leito de morte, ele clamou por ajuda: “Deus, me dê mais uma última chance”. No dia seguinte, um pastor foi visitá-lo, dizendo que o Senhor havia ordenado ungí-lo por sua cura.
“Deus manda te dizer que você não vai morrer e que a obra que Ele tem na tua vida vai acontecer, e a tua voz vai ser usada para curar pessoas”, profetizou o pastor, que ungiu o pé e a cabeça do homem.
Naquela noite, Léo sentiu algo agindo em todo o seu corpo. “Meu corpo começou a tremer. Eu vi uma vela pequena no meu pé e aquela luz começou a subir em direção a minha cabeça, ficando mais forte”, contou.
Pela manhã, ele acordou e sentiu vontade de ir ao banheiro, após dias sem urinar. A equipe médica foi chamada para verificar como seu organismo tinha voltado a funcionar.
“É um milagre!”, exclamou uma enfermeira. O jornalista testemunhou: “Deus me curou naquela manhã de domingo, e na segunda-feira eu ganhei alta”.