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Novo presidente da CBF mantém Andrés Sanchez e Mano Menezes e tenta estreitar relação com federações
Ricardo Teixeira, agora ex-presidente da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014
Foto: Getty Images
"Em time que está ganhando não se mexe". O chavão próprio do futebol é a melhor forma de resumir a postura adotada por José Maria Marin nos seus primeiros dias à frente da CBF. Em entrevista veiculada pela Rádio Bandeirantes e reproduzida no site da confederação, Marin disse que não há motivos para fazer nada diferente do que vinha sendo realizado na gestão de Ricardo Teixeira. Marin assumiu o cargo após renúncia do homem que comandou a CBF por 23 anos.
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"Ele (Teixeira) me deu total liberdade de ação de tomar todas as medidas que julgasse melhor. Total autonomia. Mas eu não posso inventar um novo modelo de administração quando tudo está bem. Se tudo está bem, se tudo está correto, você tem de manter. Em ano de Copa do Mundo, com uma estrutura que funciona, eu vou correr risco de mudar? De fazer qualquer experiência no futebol brasileiro? Nós temos sim é de aproveitar tudo que há de bom e procurar aperfeiçoar o que já existe", disse Marin.
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Com tal discurso, Marin descarta qualquer mudança na estrutura da seleção brasileira. Andrés Sanchez e Mano Menezes não precisam se preocupar pelo menos por enquanto com as decisões de Marin. "O Andrés é um homem de futebol, está no cargo certo, e tem todas as credenciais para fazer um grande trabalho à frente da seleção brasileira", disse Marin.
Ricardo Teixeira, agora ex-presidente da CBF e do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014
Foto: Getty Images
"Sou torcedor também e, como todo brasileiro, quero os melhores resultados e as melhores atuações. Só que isso agora é muito difícil de conseguir, mas está sendo buscado com competência pelo técnico Mano Menezes e toda a comissão técnica, que têm a minha inteira confiança", completou.
Na entrevista, Marin disse ainda que respeita todos os 27 presidentes de federações. Alguns declaram que são contra sua efetivação no cargo de presidente da CBF e pedem a convocação de eleições. "É natural e perfeitamente democrático que entre 27 Federações haja algumas opiniões divergentes, principalmente em relação à interpretação do Estatuto. Mas tenho conversado com todos, alguns meus amigos de longa data e outros pelo telefone, já que estão viajando, e posso assegurar que todos estão unidos e convencidos de que temos uma responsabilidade enorme, que é a de conduzir o futebol brasileiro a bom termo", disse.
Ednaldo Rodrigues, presidente da Federação Baiana, é o nome mais forte que luta por novas eleições. "Falei com Ednaldo, da Bahia e disse a ele não para mudar pensamento, mas que temos de nos unir. Temos uma responsabiliudade pela frente e a Bahia já está realizando seu papel para Copa. Espero que as más interpretações tenham ficado no passado", disse Marin.